Porque bons funcionários se demitem da liderança
<p>Uma parcela significativa de bons colaboradores não se demite da empresa, mas sim da liderança. O líder é um dos profissionais mais importantes para desenvolver, engajar e reter colaboradores. E, quando estamos falando de bons colaboradores, aqueles que entregam resultado, que têm fit cultural com a empresa, que você sabe que pode contar a todo momento, que têm plano de crescimento dentro da organização, estes, quando se desligam, em geral o motivo principal é uma liderança não preparada que desengaja.</p><p><strong>O problema: liderança que desengaja</strong></p><p>Esse cenário reflete outro problema dentro das organizações: gestores que são contratados ou promovidos e não são preparados para sentar na cadeira de líder.&nbsp;</p><p>Uma das coisas que sempre digo nas minhas aulas e programas de Mentoria de gestão é que <strong>o líder precisa passar por um programa de desenvolvimento de liderança,</strong> que engloba: gestão de pessoas, gestão de projetos, gestão de processos e gestão de indicadores.</p><p>A gestão de pessoas é um dos pilares mais relevantes dentro de uma liderança, afinal de contas, uma empresa é formada por pessoas e por processos, e são as pessoas que seguem os processos e geram os resultados.</p><p>Segundo a Gallup, <strong>42% dos funcionários que saíram voluntariamente afirmaram que o seu gestor ou organização poderia ter feito algo para evitar sua saída.</strong></p><p>Outro estudo que chama a minha atenção, é um levantamento da Second Talent:<strong> “67% dos colaboradores citam má gestão como motivo para deixar o emprego”</strong> e “os funcionários com bons gestores têm 40% menos probabilidade de sair”.&nbsp;</p><p>Esses dados mostram claramente que não é só a empresa ou a remuneração, mas quem lidera e como lidera que faz a diferença, especialmente para os “bons” colaboradores que têm opções, são exigentes e querem crescimento.</p><p><strong>Minhas recomendações para empresários:&nbsp;</strong></p><p>1. Desenvolva a sua liderança</p><p>A primeira orientação é investir em programas de desenvolvimento de liderança, isso é essencial<strong>. O líder precisa aprender a gerir pessoas</strong> (motivar, dar feedback, reconhecer, desenvolver), <strong>gerir processos</strong> (padronizar, melhorar continuamente), <strong>gerir projetos</strong> (planejar, acompanhar, entregar) e <strong>gerir indicadores</strong> (monitorar, ajustar, comunicar). Tem muito gestor perdido! Sem isso, a liderança se torna reativa e os bons colaboradores acabam buscando outros lugares.</p><p>2. Avalie constantemente a liderança</p><p>Não basta promover alguém e “torcer para dar certo”. <strong>É necessário avaliar se os líderes exercem efetivamente os comportamentos desejados</strong>: comunicação clara, empatia, feedback, coaching, visão de futuro para a equipe. Realize avaliações regulares: entrevistas com a equipe, 360°, indicadores de retenção/engajamento sob cada líder. Se for detectado que uma liderança está fragilizada, intervenha: mentoria, treinamento, substituição. Isso evita que colaboradores bons desistam.</p><p>3. Faça avaliação de clima organizacional</p><p>Uma liderança fraca ou desengajada muitas vezes gera clima ruim, que se espalha e mina o engajamento. Fazer pesquisas de clima organizacional permite identificar pontos de desalinhamento, desconexão entre líderes e liderados, níveis de satisfação e engajamento. Com esses diagnósticos você poderá agir antes que o talento vá embora, e lembrando: bons colaboradores não largam a empresa, largam o líder que não entrega o que se espera de uma liderança que inspira.</p><p>Para concluir, se você empresário deseja reter bons colaboradores, não pode negligenciar a qualidade da sua liderança. Quando profissionais de alto desempenho se desligam, frequentemente não é por falta de oportunidade, plano de carreira ou salário, é porque a liderança direta não entregou a motivação, o apoio, o reconhecimento ou a visão de futuro que eles esperavam.</p><p>Portanto, investir no capital humano da empresa significa investir na liderança. E mais: significa monitorar a liderança, medindo seu impacto no engajamento e clima; e significa medir o clima organizacional como instrumento de prevenção. Se você como empresário assumir esse tripé: <strong>desenvolver líderes, avaliar lideranças e medir o clima</strong>, estará cada vez mais preparado para manter os talentos que fazem a diferença.</p><p>Para mais dicas, ouça meu <a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://open.spotify.com/show/7e1PN6yBdzjebxgwksOwO1">podcast</a>. &nbsp;</p><p>Me siga no In
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