
PF prende quadrilha acusada de fraudar prova para residência médica; grupo cobrava R$ 140 mil por vaga
A Polícia Federal prendeu neste domingo oito pessoas acusadas de tentar fraudar a aplicação do Exame Nacional da Avaliação da Formação Médica (Enamed) por vagas em residência médica. De acordo com as investigações, elas operavam de duas formas: enviando as respostas para os candidatos por dispositivos eletrônicos ou colocando pessoas para fazer as provas no lugar do "cliente". O grupo receberia R$ 140 mil por cada aprovação que conseguisse.
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Três médicos acusados de participarem do esquema foram soltos nesta terça-feira pela Justiça após pedido do Ministério Público Federal. Os nomes dos envolvidos não foram revelados.
O Enamed, criado neste ano, foi realizado no último domingo. O teste é obrigatório a todos os estudantes concluintes dos cursos de Medicina para medir a qualidade das graduações. No entanto, a prova também serve para conseguir uma vaga nas residências médicas.
Segundo a Polícia Federal, alguns dos suspeitos, que faziam a prova, iam ao banheiro receber as respostas das questões em dispositivos eletrônicos, como celulares e relógios inteligentes. Lá, anotavam o gabarito e voltavam para preencher o cartão de respostas.
Cinco pessoas que participavam do exame foram presas, quatro homens e uma mulher. Além disso, em um hotel na cidade de Juiz de Fora, a Polícia Federal prendeu três homens responsáveis por transmitir as respostas por meio de pontos eletrônicos.
No domingo, foram encontrados equipamentos de transmissão de dados utilizados pelos candidatos fraudadores, motivando as prisões em flagrante. Os envolvidos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Federal de Juiz de Fora/MG para depoimento. Os dispositivos apreendidos serão submetidos à perícia para elucidação dos fatos.
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