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Periferia em destaque: quase 100 obras ocupam a Pinacoteca do Beiru

25/10/2025 14:25 A Tarde - Política

No bairro de Tancredo Neves, uma das regiões mais populosas da cidade, a arte tem se afirmado como ferramenta de memória e resistência. A Pinacoteca do Beiru inaugura neste sábado, 25, às 16h, três exposições inéditas, com quase 100 obras distribuídas pelos três pavimentos do espaço. As mostras ficam em cartaz até 25 de dezembro. A programação gratuita encerra a segunda edição do Festival de Artes Visuais da Pinacoteca e anuncia os artistas premiados no I Salão de Artes Visuais.Com mais de 800 trabalhos inscritos, o Festival de Artes Visuais da Pinacoteca, em sua segunda edição, recebeu obras de artistas de todas as regiões do Brasil. Após a seleção, 32 artistas foram escolhidos para integrar a mostra e oito trabalhos serão premiados hoje. Segundo a gestora cultural do espaço, Juliana Freire, 41, o processo de atuação do espaço começou bem antes, com atividades artísticas. “Tivemos oficinas de canto, teatro e grafite pela primeira vez, além de cinema para crianças, com o projeto Cinematógrafo no Beiru. Também promovemos rodas de conversa com mulheres do Calafate, batalhas de rima e slam. É um movimento contínuo”, conta.“Poder oferecer um evento dessa envergadura dentro da periferia é o ponto alto”, diz Anderson Cunha, 46, idealizador, curador e um dos expositores. “Queremos exaltar a potência que existe dentro da periferia, valorizar outras vivências, discursos e buscas”.O festival também inclui rodas de conversa com artistas como MC Deusdetih, Jefferson Araújo, Andressa Monique e Bárbara Felina, realizadas em escolas públicas da região. Os encontros abordam os desafios e possibilidades da arte em territórios marginalizados e buscam fortalecer os vínculos da Pinacoteca com o território. A proposta envolve diversidade e inclusão, com uma roda voltada a artistas com deficiência e outra dedicada a mulheres artistas.Para Juliana, a grande importância da Pinacoteca e do festival está em mudar o olhar sobre o que é a favela. “Quem nunca entrou numa favela costuma enxergá-la como lugar de falta, de carência. A gente quer mostrar o contrário: que esses lugares têm total capacidade de receber projetos de imensa beleza e grandeza estética. A favela é potência”.Segundo ela, isso já é visível. “Hoje, as pessoas saem do Centro para ver uma exposição no Beiru. É um movimento que transforma o território, institucionaliza a favela como lugar de arte e cultura e mostra que não devemos nada a nenhum museu grande. Em termos de qualidade estética, de fruição, estamos no mesmo nível, ou até à frente”, afirma.



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As três mostras


































































|  Foto: Divulgação










Segundo Juliana, o primeiro e o segundo pavimentos vão abrigar as 32 obras do I Salão de Artes Visuais

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