
Orçamento: deputados veem baixo crescimento e alertam para controle de gastos
Deputados da base do governo e da oposição, comentaram a respeito do orçamento total previsto para 2026, na LOA (Lei Orçamentária Anual), que foi enviado à Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) nesta semana. O Projeto de Lei n°257/2025, dispõe um orçamento de R$27,19 bilhões, um crescimento nominal de R$788 milhões para o ano que vem. O texto deve ser pautado na próxima semana, mas parlamentares já relataram que é necessário economia para garantir investimentos. O orçamento previsto para o próximo ano tem apenas 3% de aumento em relação à previsão de 2025, de R$26,4 bilhões. O deputado Paulo Duarte (PSB) avaliou que o percentual de crescimento é reflexo do atual cenário econômico e da política tributária adotada pelo Estado. Segundo ele, o governo interrompeu um ciclo de expansão da receita acima da inflação, que deve ficar próxima de 5% em 2026. “Não é só a retração econômica, mas é importante registrar que o governo adotou uma política de não aumentar a sua alíquota moral. A maioria dos estados aumentaram a sua alíquota, de 17% para 23%. O governo optou por garantir a competitividade das empresas de Mato Grosso do Sul, tendo uma carga tributária menor”, afirmou o parlamentar. Para Paulo Duarte, a escolha do Executivo de não aumentar impostos preserva a competitividade do setor produtivo, mas exige controle de despesas e redução do custeio para garantir investimentos. “Nós já temos adotado, desde esse ano, e o governo vai continuar no ano que vem o controle das despesas do custeio da máquina, porque só você reduzindo o custeio da máquina você pode continuar preservando os investimentos”, completou. Já a deputada Gleice Jane (PT), da oposição, disse que a proposta orçamentária desperta preocupação quanto à capacidade do governo de manter os serviços públicos com arrecadação abaixo da inflação. “Precisamos entender onde arrecadou e onde deixou de arrecadar. A arrecadação menor preocupa porque impacta diretamente áreas como educação, saúde, agricultura familiar e segurança pública. Quando falta orçamento, falta remédio no posto e estrutura no hospital”, destacou. A parlamentar defendeu que o debate sobre o orçamento envolva também a sociedade e leve em conta as mudanças da reforma tributária, que alterará o sistema de arrecadação dos estados. De acordo com o governo, a proposta foi elaborada com base nas regras da Lei Federal nº 4.320/1964, na Lei de Responsabilidade Fiscal e nas portarias da Secretaria do Tesouro Nacional. O histórico mostra trajetória de crescimento da receita desde 2016, mas o ritmo desacelerou nos últimos anos. Em 2023, a arrecadação cresceu 5,3%; em 2024, 1,3%; e a previsão para 2025 é de 9,7%. A projeção de 3% para 2026 representa um cenário de estabilidade, com foco na preservação dos investimentos e na responsabilidade fiscal. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
Fonte original: abrir