Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

Moraes recusa pedido de Defensoria da União para notificação de Eduardo Bolsonaro por carta em processo por coação

22/10/2025 21:10 G1 - Política

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes recusou um pedido apresentado nesta quarta-feira (22) pela Defensoria Pública da União (DPU) para que o STF notifique o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por carta rogatória acerca da denúncia da Procuradoria-Geral da República sobre coação no caso do julgamento da trama golpista.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro.
Jessica Koscielniak/Reuters/BBC
A DPU afirmava que não poderia apresentar a defesa do deputado no caso porque não teria meios para manter contato com o parlamentar e elaborar a defesa técnica.
"Na prática, está-se a atribuir à DPU a elaboração de defesa meramente formal, que não surge do contato com o denunciado e, portanto, não constitui verdadeira defesa. Ademais, a apresentação de resposta pela DPU, nas circunstâncias expostas, representaria chancelar a violação ao devido processo legal, vulnerando-se o direito de defesa do réu, papel que, a toda evidência, não pode ser assumido pela Instituição", escreveu a DPU", diz o texto.
Por conta disso, a DPU pedia que Bolsonaro fosse notificado pela chamada carta rogatória, um procedimento que exige cooperação internacional, e que os prazos do processo fossem suspensos.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
O ministro entendeu, no entanto, que "além de declarar, expressamente, que se encontra em território estrangeiro para se furtar à aplicação da lei penal, também é inequívoca a ciência, por parte do denunciado Eduardo Nantes Bolsonaro, acerca das condutas que lhe são imputadas na denúncia oferecida nestes autos."
"As manifestações de Eduardo Nantes Bolsonaro indicam que o denunciado, de maneira transitória, encontra-se fora do território nacional, exatamente, conforme consta na denúncia, para reiterar na prática criminosa e evadir-se de possível responsabilização judicial evitando, dessa maneira, a aplicação da lei penal", decidiu o ministro.

Fonte original: abrir