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Mistério no Louvre: A obra roubada do museu em Paris e jamais recuperada

22/10/2025 18:02 O Globo - Rio/Política RJ

Milhares de turistas estavam no Museu do Louvre, em Paris, quando, por volta das 14h, a segurança local descobriu que alguém tinha furtado o quadro "Le Chemin de Sevres", pintado pelo francês Camille Corot no século XIX. Naquele domingo, 3 de maio de 1998, as portas da instituição foram fechadas, e a polícia montou uma operação foi montada para revistar todos os visitantes. Mas era tarde demais. A obra, de 34 cm de altura e 49 cm de largura, não estava mais no museu e nunca foi recuperada.
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Aquela foi a última peça afanada no Louvre em muito tempo. A instituição ficou mais de 25 anos sem registrar um caso assim até que, no último dia 19 de outubro, ladrões disfarçados roubaram oito itens das Joias da Coroa Francesa de valor histórico inestimável da Galerie d'Apollon.
No episódio de maio de 1998, o ladrão surrupiou a tela de um dos mais renomados pintores da escola impressionista, deixando apenas a moldura, o cristal de proteção e as suas impressões digitais. Como ele conseguiu fazer isso com o museu cheio de gente, ninguém sabe. Mas aquele foi o derradeiro de uma série de subtrações criminosas no Louvre. Ao longo dos anos 1990, outros três furtos já haviam sido registrados no museu, que na época recebia algo em torno de 5 milhões de visitantes ao ano.
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Em julho de 1994, só sobrou também a moldura e o vidro de proteção do quadro "Retrato de Robert Nanteuil", do francês Robert Nanteuil, desenhista da corte de Louis XIV, no século XVII. Apenas meses depois, em janeiro de 1995, um ladrão precisou de apenas cinco minutos para arrancar da parede e levar a pequena obra "Daims dans un paysage", de Turpin de Crissé. E, em janeiro de janeiro de 98, foi roubada uma estátua de mármore de Zeus com inscrições em grego datada do século IV a.C.
O roubo mais famoso no Louvre aconteceu em 1911. O italiano Vincenzo Peruggia entrou no museu, que estava fechado, e saiu de lá com nada menos que a "Mona Lisa", pintada por Leonardo Da Vinci no início do século XVI. O quadro, que na época não era conhecido como é hoje, ficou desaparecido por mais de dois anos, até ser recuperado quando Peruggia tentou vender a obra para Alfredo Geri, um vendedor de antiguidades. Geri denunciou o ladrão para as autoridades, que prenderam Peruggia.
"Le Chemin de Sevres", porém, jamais foi encontrado. Os investigadores, na época, estimaram que o quadro, então avaliado em US$ 1,3 milhão, deve ter sido vendido ou trocado no mercado paralelo.

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