Imagens mostram orcas abandonadas em parque marinho desativado na França: 'até parecem mortas'; vídeo

Um registro aéreo que circula nas redes sociais desde a última semana revelou a situação crítica de duas orcas abandonadas em um parque marinho desativado no sul da França. As imagens, captadas pelo fotógrafo e ativista Seph Lawless, mostram Wikie, de 23 anos, e seu filhote Keijo, de 11, imóveis em um tanque turvo do antigo Marineland de Antibes, fechado definitivamente em janeiro.
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Nas cenas, ambas as orcas flutuam na superfície da água, sem movimentos aparentes. “A mãe orca parece estar morta — seu corpo flutuando imóvel em águas turvas ao lado de seu filhote”, escreveu Lawless em seu perfil no Instagram, ao publicar o vídeo. Poucos segundos depois, no entanto, os animais reagiram ao som do drone. “Foi como se eles me reconhecessem — como se a própria esperança tivesse voltado para me visitar”, relatou.
Assista:
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Abandono e deterioração
As imagens, que viralizaram nas redes, voltaram a chamar atenção para as condições do parque marinho, fechado após a entrada em vigor de uma lei francesa que proíbe apresentações com orcas. Desde então, as duas baleias e 12 golfinhos-nariz-de-garrafa permanecem confinados em recintos sem manutenção.
De acordo com Marketa Schusterova, cofundadora do grupo ativista Tidebreakers, os tanques “estão se deteriorando rapidamente” e representam um “risco diário” para os animais. “Sabemos, através da análise das imagens, que o tanque não está sendo limpo e se tornou um perigo”, afirmou à imprensa europeia.
As fotos feitas por drones revelam o acúmulo de algas verdes e lodo, com parte das piscinas coberta por água marrom. O cenário, segundo Marketa Schusterova, é “de total abandono”. Ela também apelou para que as autoridades francesas tomem medidas urgentes. “Se não forem transferidos logo, Wikie e Keijo adoecerão e morrerão”, alertou.
Impasse na realocação
Apesar da mobilização de grupos de proteção animal, ainda não há destino definido para as orcas. O Loro Parque, em Tenerife, rejeitou recebê-las por falta de capacidade, e o governo francês bloqueou duas tentativas de transferência — uma para um santuário no Canadá e outra para um parque no Japão.
A libertação no oceano também foi descartada, já que ambos nasceram em cativeiro e não sobreviveriam em ambiente natural.
O Marineland de Antibes, outrora um dos parques marinhos mais visitados da Europa, encerrou as atividades após anos de queda no público e pressão social contra espetáculos com animais.

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