Geração Z escolhem amizade e leveza em vez de cenas de sexo
A Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) divulgou nesta quarta-feira, 22, os resultados da pesquisa anual “Teens & Screens” 2025, que analisou os hábitos de consumo de mídia entre jovens americanos. O estudo ouviu 1.500 pessoas de 10 a 24 anos, considerando diversidade racial, étnica, de gênero e socioeconômica, para mapear como a Geração Z se relaciona com filmes, séries e plataformas digitais.Apesar do crescimento das redes sociais e do streaming rápido, os jovens ainda valorizam o entretenimento audiovisual tradicional. Segundo os dados publicados pela revista Variety:53% dos jovens conversam mais sobre filmes e séries do que sobre conteúdos de redes sociais.57% continuam assistindo a filmes e séries regularmente, mas 80% consomem essas produções principalmente por meio de plataformas digitais como YouTube e TikTok.Entre jovens de 14 a 24 anos, 59,7% preferem histórias focadas em amizade e 54,1% optam por personagens sem envolvimento amoroso.
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O estudo mostra que a Geração Z busca narrativas e personagens com os quais se identifiquem emocionalmente, reforçando a força do conteúdo que valoriza relações humanas e experiências cotidianas.Preferências e tendências na audiência jovemOutro dado relevante aponta que 48,4% dos entrevistados consideram que há excesso de sexo em filmes e séries, indicando afastamento das narrativas fortemente sexualizadas que marcaram produções adolescentes das décadas de 1980 a 2000, como Porky’s, American Pie e Superbad.Entre os títulos mais citados como favoritos estão:“Stranger Things” – combina amizade, fantasia e suspense.“Wandinha” – mistura humor e leveza emocional.Animações, que tiveram crescimento no interesse de 42% para 48,5%, impulsionadas por produções como “Guerreiras do K-Pop” (2025).Esses resultados reforçam a tendência de consumo de conteúdos que respeitam experiências juvenis, com histórias mais leves e centradas em laços de amizade e identidade.Implicações para indústria audiovisualA pesquisa indica que produtoras e plataformas digitais devem investir em conteúdo que equilibre narrativa tradicional com formatos acessíveis em redes sociais e aplicativos de streaming. O sucesso de séries e animações leves mostra que a conexão emocional e a identificação com personagens são fatores determinantes para engajar a Geração Z.
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