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Garrafas d'água plásticas podem causar prejuízo à saúde, diz estudo

13/10/2025 18:58 A Tarde - Política

Um estudo canadense publicado pelo “Journal of Hazardous Materials” mostrou que somente o ato de beber água de uma garrafa plástica pode introduzir no corpo humano um quantidade imensa de microplásticos, partículas que ao longo do tempo podem causar sérios problemas à saúde.Tais partículas são geradas pela fragmentação de materiais como garrafas PET, copos descartáveis ou sacolas, ou já fabricados em tamanhos pequenos, como microesferas e glitter. Eles conseguem atravessar barreiras de defesa do organismo e se alojar em tecidos vitais.“Beber água engarrafada pode expor o corpo humano a níveis perigosos de microplásticos capazes de atravessar barreiras de defesa e se alojar em órgãos vitais, aumentando potencialmente o risco de doenças graves”, explicou a especialista em gestão ambiental da Universidade de Concórdia no Canadá, Sara Sajedi, ao “Journal of Hazardous Materials”.A pesquisa, liderada pela própria Sajedi, identificou que consumir água em garrafas plásticas está ligado a uma maior exposição a ingestão dessas partículas do que ingerir água da torneira.O estudo foi feito por meio da revisão de 141 artigos científicos que tratam do tema.


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Impactos no corpo humanoDe acordo com pesquisadores, as partículas são tão pequenas que são capazes de passar por barreiras celulares e alcançar alguns órgãos vitais, como fígado, rins e cérebro.Depois de adentrarem o organismo, essas partículas podem causar:Inflamação crônica;Estresse oxidativo;Desequilíbrios hormonais;Infertilidade;Danos neurológicosDe acordo com Sajedi, os efeitos não são imediatos, porém são crônicos. As partículas se acumulam no corpo aumentando a carga-tóxica do organismo, aumentando a intensidade dos sintomas.Somando aos danos diretos, estudos indicam que tais partículas podem alterar a microbiota intestinal, conjunto de microrganismos essenciais para a digestão e imunidade.Mudanças pequenas, grandes resultadosAs garrafas plásticas não são o único meio para os microplásticos chegarem ao corpo humano, eles também viajam pelo ar e em outros alimentos, resultado da degradação contínua dos produtos feitos de plástico.O caso das garrafas é mais grave por conta do processo de fabricação, armazenamento e transporte, que libera as partículas diretamente no líquido."Beber água de garrafas plásticas é aceitável em situações de emergência, mas não deve ser um hábito diário. A educação é a ação mais importante que podemos tomar", afirmou Sajedi, chamando o problema de uma "questão urgente" de saúde pública, em entrevista ao Daily Mail.Uma das medidas mais urgentes é a de reduzir o uso de embalagens plásticas descartáveis, utilizando em seu lugar outras mais resistentes e de vida útil maior.Tais mudanças de hábito ajudam com que o fluxo desses resíduos no ecossistema diminua.

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