Família de professor da UFRJ desaparecido passa a procurá-lo em hospitais e abrigos

A família do professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Antonio Petraglia, de 70 anos e desaparecido há mais de 20 dias, ampliou as buscas e passou a visitar hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), abrigos e unidades do serviço social no Rio e em Niterói para verificar se o idoso pode ter sido acolhido como pessoa em situação de vulnerabilidade.
Ciclone extratropical: Defesa Civil alerta população sobre riscos na rua e em casa; saiba como se proteger
Denúncia: Polícia interdita fábrica clandestina de cosméticos em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio, e prende cinco pessoas
O professor desapareceu no último dia 12, na trilha que dá acesso ao Parque Bondinho Pão de Açúcar, na Zona Sul do Rio. O idoso foi visto pela última vez entrando na pista Cláudio Coutinho, na Urca, Zona Sul do Rio, por volta das 17h, quando saiu para sua caminhada habitual. Diagnosticado com Alzheimer, Petraglia fazia passeios regulares por recomendação médica e era monitorado pela família por meio de um aplicativo de localização — cujo sinal parou na área da trilha.
De acordo com a família, nos últimos dias, surgiram relatos de supostos avistamentos na Zona Sul, mas, após checagem presencial feita por parentes e voluntários, foi descartado que algum deles fosse o professor.
Também foi realizada uma busca com mergulhadores profissionais contratados, que vasculharam a área marítima próxima à Urca. A operação não encontrou qualquer indício.
A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) informou que as buscas continuarão com foco na água, e que está em análise a possibilidade de operações nas rochas, em coordenação com o Corpo de Bombeiros.
A delegacia também acompanha a ação que será conduzida por um um voluntário montanhista conhecido da região, que prestará apoio em uma nova etapa das buscas. O voo com drones, previsto para complementar a investigação, está temporariamente suspenso devido à instabilidade do tempo.
A família reforça a importância do público para ampliar a divulgação e solicita que qualquer informação confiável seja repassada imediatamente pelos canais oficiais:
Disque Denúncia: (21) 2253-1177
Instagram: @vamos_achar_antonio
Site: vamosacharantonio.com.b
— Agradecemos mais uma vez todo apoio que estamos recebendo da população e da imprensa na busca ao meu pai e pedimos que, a qualquer informação de avistamento dele, entrem em contato — diz o filho de Antonio, Pedro Petraglia.
Mapa com aparições
A família do professor criou um site para colher informações que possam ajudar a encontrá-lo. A página apresenta características do professor, como idade, altura, cores dos olhos e do cabelo, última vestimenta, além da foto mais recente antes do desaparecimento. Links para o Disque Denúncia, um resumo do caso, dicas de como ajudar e uma mapa com os locais onde Antônio foi visto pela última vez também compõem o endereço eletrônico. Acesse clicando aqui. A família mantém ainda um perfil no Instagram (@vamos_achar_antonio).
Referência em eletrônica
Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição em que ingressou nos anos 1970, Antonio Petraglia é uma referência no ramo da Eletrônica. Mas, em 2021, o docente precisou se aposentar: o diagnóstico de Alzheimer foi o grande culpado disso. Desde então, mesmo sem estar na ativa, segue frequentando o campus do Fundão, acompanhando a mulher, Mariane Petraglia, nos dias em que a também professora universitária precisa dar aulas.
Com graduação em Engenharia Eletrônica pela UFRJ, Antonio também concluiu o mestrado em Engenharia Elétrica pela universidade. Seu currículo inclui ainda o doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade da Califórnia e pesquisas do pós-doutorado nas universidades da Califórnia e do Sul da Califórnia.
Conselheiro da Sociedade Brasileira de Microeletrônica durante quatro anos, Antonio Petraglia tem como principal área de pesquisa a de projetos de circuitos integrados mistos analógicos e digitais para o processamento de sinais, conforme informado no sistema Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Fonte original: abrir