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Eduardo rebate governador de direita que o chamou de 'louco' por estar 'falando merda' nos EUA: 'político bosta'

10/11/2025 13:47 O Globo - Rio/Política RJ

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu, neste domingo, ao posicionamento do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União), que criticou a atuação do parlamentar nos Estados Unidos. Mendes havia chamado o deputado de "louco" por conta de recentes ataques ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o mandatário mato-grossense é um "político bosta" e "não tem coragem" para se posicionar contra a oposição.
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— Não me culpe pela sua frouxidão. Se hoje estou vivendo no exílio, é por causa de políticos bostas iguais ao senhor, com essa "opiniãozinha" que vende para o público a responsabilização dos outros pela sua falta de coragem. E aí, os nossos inimigos, os ditadores, ficam confortáveis para expandir seu poder — rebateu Eduardo.
Entenda o embate
Na última quarta-feira, Eduardo publicou um vídeo com críticas a Tarcísio de Freitas. Presidenciável e principal nome cotado para ser o escolhido por Bolsonaro, o governador foi definido pelo deputado como o "candidato do sistema" e "escolhido" pelo ministro Alexandre de Moraes (STF).
— O Tarcísio é o candidato do sistema, é o cara que o Morais quer — frisou. — Ele quer ser presidente da República do Brasil. Por isso que falo que ele é uma ficção, porque ele depende totalmente do Bolsonaro e do voto bolsonarista. Porque ele não é um líder, foi eleito em São Paulo pela força do eleitorado conservador, que é legítimo — completou Eduardo.
Questionado sobre o assunto em uma coletiva concedida a jornalistas na sexta-feira, Mauro Mendes criticou a postura do parlamentar contra Tarcísio:
— Ele está louco, falando bobagem, abobrinha. Está nos Estados Unidos, longe da realidade, fez uma lambança gigante quando defendeu o tarifaço, um grande equívoco que cometeu. E agora está cometendo outro — disse o governador, que ressaltou que "respeita muito" o ex-presidente Bolsonaro: — Na minha opinião, ele está sendo injustiçado (pela condenação por golpe de Estado), mas o filho dele está falando merda lá nos Estados Unidos.
Eduardo, então, publicou outro vídeo para rebater Mendes. Ele afastou a possibilidade de que tenha culpa pela articulação de sanções contra o Brasil e ao tarifaço imposto por Donald Trump aos produtos brasileiros, destacando a motivação dos EUA é a "perseguição que Moraes tem liderado contra Bolsonaro", a atuação do ministro contra as Big Techs e a transparência das últimas eleições.
— Eu faço um desafio a você. Que tal movimentar a sua base de parlamentares a favor da anistia para soltar o líder que você falou? — questionou o deputado.
Ataques recentes a aliados
Na sexta-feira, Eduardo elegeu como alvo o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e, em publicações nas redes sociais, compartilhou crítica a uma suposta "dissidência" de Nikolas no partido. Ele também instou a deputada estadual catarinense Ana Campagnolo (PL), aliada do parlamentar mineiro, a apoiar a candidatura de Carlos Bolsonaro (PL-RJ) ao Senado por Santa Catarina ou, então, deixar o PL.
"Ele está liderando uma dissidência e vários políticos mais jovens estão com ele. O problema? O de sempre: 'temos que nos descolar do Bozo sem perder o eleitor'", dizia a publicação compartilhada por Eduardo, e que posteriormente foi apagada pelo autor. Campagnolo, por sua vez, também rebateu as críticas a Nikolas que foram compartilhadas por Eduardo Bolsonaro, e questionou "por que os aliados são tratados dessa forma".
Há menos de um mês, ele criticou a senadora Tereza Cristina (PP-MS) após não ter sido citado por ela como candidato viável a presidente. O parlamentar também rebateu o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), pela alegação que sua atuação nos Estados Unidos causou um "prejuízo gigantesco" para o "projeto político" da direita.
Veja outros alvos de Eduardo na crise do tarifaço:
Romeu Zema: Depois de o governador de Minas dizer que Eduardo havia “criado um problema” para a direita com o tarifaço, o deputado disse que Zema pertencia a uma “turminha da elite financeira”.
Ratinho Jr.: Após o governador do Paraná afirmar que "o ex-presidente Jair Bolsonaro não é mais importante que a relação comercial entre os EUA e o Brasil", Eduardo rebateu que "ignorar os fatos" não iria solucionar o problema".
Alcolumbre e Hugo Motta: Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta , também foram alvos. Segundo Eduardo, os parlamentares poderiam sofrer sanções dos EUA se não atuarem por pautas bolsonaristas.
Senadores: Os senadores e ex-ministros Tereza Cristina e Marcos Pontes foram criticados por integrarem equipe que negociará tarifaço de Trump.
O parlamentar também já havia criticado Tarcísio pela tentativa do governador em realizar negociações para mitigar os efeitos do tarifaç

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