
Conscientização sobre a menopausa cresce entre brasileiras
O Dia Mundial da Menopausa, celebrado anualmente em 18 de outubro, tem como objetivo ampliar a conscientização sobre essa fase natural da vida feminina e divulgar as opções de apoio disponíveis para promover saúde e bem-estar.
Nos últimos anos, o número de mulheres que buscam orientação médica para lidar com os sintomas da menopausa tem aumentado. De acordo com cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 30 milhões de mulheres no Brasil estão na faixa etária do climatério e menopausa, o que representa 7,9% da população feminina. Apesar disso, apenas cerca de 238 mil foram diagnosticadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Por outro lado, levantamento publicado na revista científica Climateric aponta que 82% das brasileiras nessa faixa etária apresentam sintomas que comprometem a qualidade de vida.
A enfermeira estomaterapeuta Gisele Azevedo, mestre e doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), observa que o aumento na busca por orientação médica está relacionado ao envelhecimento populacional. Conforme o Censo 2022 do IBGE, o total de pessoas com 65 anos ou mais no país chegou a 22,1 milhões, o equivalente a 10,9% da população — um aumento de 57,4% em relação a 2010.
Segundo Gisele, as mulheres com mais de 50 anos atualmente se sentem mais à vontade para discutir questões de saúde relacionadas à menopausa. A pesquisa Menopause Experience & Attitudes (ou Experiência e Atitudes na Menopausa), realizada pela farmacêutica Astellas em seis países, mostra que oito em cada dez brasileiras relataram sentimentos psicológicos negativos devido à menopausa, incluindo ansiedade (58%), depressão (26%), constrangimento (20%) e vergonha (16%) — índices superiores à média global.
A menopausa marca o fim da vida reprodutiva e é diagnosticada após 12 meses de ausência menstrual. No Brasil, a média de idade para seu início é de 48 anos. O processo ocorre em duas etapas: a perimenopausa, quando os sintomas começam a surgir, e a pós-menopausa. Mais de 34 sintomas estão associados a esse período, variando entre alterações cognitivas, físicas, urogenitais e vasomotoras, sendo estas últimas — como ondas de calor e suores noturnos — as mais frequentes e impactantes.
O estudo ainda mostra que 30% das brasileiras acreditam ter alto conhecimento sobre os sintomas da menopausa, enquanto 17% afirmam saber pouco ou nada. Entre aquelas que já vivenciaram a experiência, o índice de conhecimento sobe para 42%. "Consequentemente, as mulheres chegam aos consultórios médicos muito mais informadas e dispostas a questionar tratamentos e abordagens que não atendam às suas necessidades", afirma Gisele.
Acompanhamento médico e autocuidado são essenciais para o bem-estar
A especialista ressalta que o cuidado com o corpo e o acompanhamento clínico adequado são fundamentais para minimizar os efeitos da menopausa. "A plausibilidade biológica, ou seja, aquilo que é claro e consensual na biologia e no funcionamento do corpo humano e dispensa estudos científicos, é clara: nosso corpo responde da maneira como é tratado", explica.
De acordo com Gisele, manter uma boa hidratação é o primeiro passo para melhorar sintomas relacionados ao ressecamento da pele, cabelos e mucosas. "Parece simples e óbvio, e se toda mulher fizer isso, terá menos sintomas e melhores resultados em seu quadro de secura vaginal", frisa.
Ela também destaca a importância de uma alimentação equilibrada, com baixo consumo de ultraprocessados e foco em alimentos naturais ricos em fitoestrogênio, magnésio, ômega 3 e cálcio. "Uma mulher que se alimenta de produtos sem aditivos químicos oferece ao seu corpo um combustível de melhor qualidade, que garante um melhor funcionamento", comenta.
Alternativas naturais podem auxiliar no cuidado íntimo
Entre as alternativas complementares, Gisele recomenda o uso de óleo de coco extravirgem, desde que tenha pH entre 3,8 e 4,5 — faixa compatível com a região íntima. Segundo ela, o óleo de coco prensado a frio contém cerca de 90% de triglicerídeos de cadeia média (TCM), além de compostos como polifenóis, tocoferol, tocotrienol, fitoesteróis e monoglicerídeos, substâncias associadas à hidratação, regeneração celular e ação antimicrobiana.
A Copra, líder nacional em óleo de coco, é uma das empresas que possui o item com essas características. O produto recebeu o selo Testado e Aprovado da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), após testes realizados de acordo com normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que avaliaram a conformidade e a segurança do produto.
Gisele explica que o uso do óleo pode auxiliar no ressecamento vaginal, que se manifesta em forma de coceira, ardor, desconforto e dor local. "Se a mulher tem uma mucosa ressecada, cujos tecidos estão sem elasticidade e em sofrimento estrutural, claramente percebemos o quão adequado pode ser o uso de óleo de coco extravirgem n
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