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Baiana desafia padrões do balé e conquista vaga em companhia canadense

11/10/2025 12:46 A Tarde - Política

Aos 19 anos, Gabriella Assis se prepara para ingressar na Victoria Academy of Ballet, no Canadá. A bolsa de estudos, conquistada após rigorosos exames, é um grande passo na carreira promissora bailarina e não apenas para ela.“Quero que meninas e meninos negros saibam que também há lugar para eles nos palcos.”Aprovada em maio, ela ainda espera a liberação do visto para iniciar o programa de três anos, voltado à formação de jovens bailarinos para companhias profissionais.Gabriella nasceu em Salvador e nem a pele negra ou o corpo fora do estereótipo clássico, foram obstáculo para ela. “Meu sonho é representar a Bahia pelo mundo e abrir portas para quem vem depois de mim”, diz.O balé entrou na vida de Gabriella aos três anos de idade e rapidamente deixou de ser apenas uma atividade infantil para se tornar vocação. A disciplina e a dedicação renderam participações em festivais nacionais e internacionais, além de formação em diferentes estilos.Gabriella também concluiu todos os exames da Royal Academy of Dance, método inglês reconhecido mundialmente. A mãe, Mariane Assis, é testemunha dessa trajetória.“Estou ao lado de Gabriella em cada ensaio, cada prova e cada lágrima. Essa conquista não é só dela, é de todas as meninas que acreditam que podem estar em qualquer palco do mundo”, afirma.Desafiando padrõesO caminho, no entanto, foi repleto de desafios. Gabriella enfrentou olhares de dúvida, cobranças mais duras e até negativas de visto nos Estados Unidos, mesmo após aprovações em audições.Para a professora Juliana De Vecchi, da Ebateca Pituba, o esforço da aluna sempre foi notável: “Ela precisou se dedicar três vezes mais. Hoje inspira por ser uma bailarina preta que desafia padrões e mostra que há espaço para diferentes corpos na dança”.O bailarino profissional Emerson Nascimento, um dos seus maiores incentivadores, reforça: “Quando conheci Gabi, vi aquela dedicação no olhar. Muitas meninas pretas podem trilhar esse caminho também. Quando uma consegue, todas conseguem.”


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Apoio do estadoPolíticas públicas também foram fundamentais. Para Raíssa Rocha, diretora da Ebateca Imbuí, o apoio do Estado é indispensável. “Só conseguimos transformar vidas com políticas culturais. Sem elas, não concretizamos sonhos”, diz.Gabriella já conta com patrocínio da Secretaria de Cultura da B

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