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Após ausência, Lewandowski é convocado para prestar esclarecimentos sobre ações do Ministério da Justiça

21/10/2025 19:45 O Globo - Rio/Política RJ

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, foi convocado a comparecer na Comissão de Segurança Pública da Câmara de Deputados. O ministro era esperado na comissão nesta terça-feira (21), mas, após não aparecer, a Câmara aprovou a convocação de Lewandowski sob pena de crime de responsabilidade caso não esteja presente. A audiência com o ministro foi convocada após uma série de requerimentos apresentados por parlamentares da oposição, que cobram explicações sobre temas ligados à segurança pública e à atuação da Polícia Federal.
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Lewandowski deverá prestar esclarecimentos à comissão sobre escolta de policial federal ao ex-chefe da Procuradoria Especializada do INSS Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, alvo da CPI do INSS, entre outros temas relacionados à pasta chefiada pelo ministro. Foram 15 requerimentos para a convocação de Lewandowski.
Convidado, o ministro era esperado na reunião de hoje após um requerimento de autoria do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), aprovado em julho, que pedia explicação ao ministro sobre “as diretrizes e ações adotadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública” em diversas frentes, incluindo operações policiais, repasses de recursos a estados e convênios com forças de segurança.
O não comparecimento e subsequente convocação ocorre num momento em que o ministro se tornou alvo recorrente de ataques da oposição. A convocação também se insere no clima de disputa em torno da PEC da Segurança Pública, tida como uma das prioridades do governo neste segundo semestre. O texto propõe dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e criar mecanismos permanentes de financiamento para o setor.
O ministro é convocado à audiência após meses de embates com parlamentares bolsonaristas da Comissão de Segurança, que tentam transformar o tema em um dos principais flancos de desgaste do governo. Deputados do PL, Republicanos e Novo devem insistir em perguntas sobre a autonomia da PF, o uso de convênios federais e o monitoramento de redes sociais. Já a base aliada pretende defender o ministro, destacando o esforço de integração com estados, a ampliação de investimentos em segurança de fronteira e o combate ao crime organizado.

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