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Após acordo, Hamas reúne 7 mil para ocupar áreas deixadas por Israel

12/10/2025 11:43 GazetaWeb - Política

Mobilização pode complicar as negociações das próximas etapas do chamado plano de paz.


Khames Alrefi / Anadol / Getty Images









Com início da primeira fase do acordo de cessar-fogo com Israel, o grupo Hamas reuniu 7 mil integrantes de suas forças para reocupar as áreas evacuadas. A intenção é reassumir o controle sobre as áreas. A mobilização começou nesse sábado (11/10) e pode complicar as negociações das próximas etapas do chamado plano de paz.O Hamas, segundo informações divulgadas por sites internacionais, nomeou novos governadores para regiões da Faixa de Gaza. Os avisos, feitos por celular, informaram que os membros deveriam se apresentar em até 24 horas.Em ambos os lados, a expectativa sobre a liberação e troca de reféns marca o terceiro dia de cessar-fogo entre Israel e Hamas. No acordo, está previsto que o Hamas libere os reféns mantidos em Gaza e que Israel transfira prisioneiros palestinos em troca dos reféns até a manhã desta segunda-feira (13/10).Em Israel, a Praça dos Reféns, em Tel Aviv, amanheceu com centenas de pessoas na expectativa de um reencontro. Dos 48 reféns detidos em Gaza, a estimativa é que pelo menos 20 ainda estejam vivos. O ponto de encontro ficou conhecido por reunir familiares que pediam a libertação dos reféns desde o início do conflito, que começou há dois anos.Um dos termos do acordo entre Israel e Hamas, proposto por Trump e negociado com atuação do Egito, do Catar e da Turquia, inclui a libertação de todos os reféns em troca de presos palestinos e o recuo parcial do exército israelense. Os detalhes logísticos de como os reféns serão soltos ainda não foram divulgados.DiscursoNesse sábado (11/9), milhares de israelenses se reuniram também na Praça dos Reféns para celebrar o cessar-fogo entre Israel e Hamas. O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, foi ovacionado pela multidão. Witkoff discursou ao lado de Jared Kushner, ex-assessor e genro de Donald Trump, e de Ivanka Trump, filha do presidente norte-americano.Os participantes aplaudiram Trump quando ele foi citado durante a fala do enviado especial, e vaiaram todas as vezes em que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi mencionado.O fim da guerra entre Israel e Hamas foi anunciado na quinta-feira (9/10) pelo presidente dos EUA. As partes assinaram a primeira fase do cessar-fogo, que prevê a libertação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos após os reféns do Hamas retornarem a Israel.Ao fim do cumprimento dos termos acordados na primeira etapa, outros pontos do plano de paz começarão a ser abordados. Segundo informações da Defesa Civil de Gaza, somente nessa sexta (10/10), cerca de 200 mil palestinos se deslocaram para o norte do território.Apesar do fim da guerra, iniciada em 7 de outubro de 2023, muitos palestinos relutam em retornar às suas casas, que foram destruídas pelos bombardeios israelenses. Trump, mediador do cessar-fogo, anunciou, entretanto, que um dos acordos do Plano de Paz envolve a reconstrução de Gaza.Nobel para TrumpOs manifestantes em Tel Aviv carregaram uma faixa solicitando que o presidente dos EUA receba o prêmio Nobel da Paz pela articulação que resultou no fim da guerra. Nessa sexta, o Comitê Norueguês do Nobel concedeu o prêmio à líder da oposição venezuelana, María Corina Machado.Segundo Trump, a venezuelana ligou para ele e defendeu que ele merecia o prêmio. De acordo com o republicano, María Corina teria sido “muito gentil” e reconhecido o papel dos Estados Unidos em apoiar a oposição venezuelana.“Eu não disse ‘então me dê’, mas acho que ela poderia ter dito. Eles precisam de muita ajuda na Venezuela, é um desastre básico”, declarou durante coletiva de imprensa no Salão Oval.Na ocasião, Trump aproveitou para exaltar seu papel no acordo de cessar-fogo, que ele classificou como “o mais importante já feito em termos de paz”.

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