Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

Após acidente de motociclista, bairro expõe precariedade na sinalização

13/10/2025 18:09 Campo Grande News - Política

A queda de Gustavo Moura dos Santos, de 29 anos, em um quebra-molas sem sinalização na Rua Otaviano Inácio de Souza acendeu o alerta para a falta de manutenção da sinalização viária no Portal do Caiobá, região sul de Campo Grande. Moradores relatam que trechos importantes do bairro apresentam placas apagadas, pintura no chão quase invisível e ausência total de sinalização, aumentando o risco de acidentes, principalmente para motociclistas. A reportagem percorreu o bairro e constatou problemas em várias ruas: na Rua Francisco Antônio de Souza, a pintura do redutor está apagada; no trecho entre o Portal do Caiobá e o Conjunto Fernandes, a sinalização existe apenas de um lado; e na Cachoeira do Campo, não há indicação alguma de via preferencial ou sentido de tráfego. Já na Rua Otaviano Inácio de Souza, onde ocorreu o acidente, não há sinalização alguma, e a pintura no chão está fraquíssima. Moradores relatam que outro quebra-molas na mesma rua possui sinalização apenas no topo, e a pintura no chão está apagada. Sebastião Sérgio Arcaça, 62 anos, vendedor autônomo, relatou: "Estamos tendo esse problema; muita gente já caiu de moto. Esses dias aconteceu um acidente. Isso acontece há muito tempo. Moro aqui há 20 anos, quando o bairro ainda nem era asfaltado. Mas, quando os ônibus começaram a passar, a via passou a ser asfaltada. Eles colocaram sinalização no início, mas, com o tempo, deveria haver manutenção". "Se houvesse sinalização fixa amarela, o pessoal já a veria no chão. Às vezes passa carro de aplicativo, a pessoa não percebe e ocorre aquele baque. É preciso pintar e colocar mais sinalização. Aqui é ainda mais perigoso por conta dos ônibus. Se o motorista passa pela primeira vez, ele tromba", diz. A situação se repete nas demais ruas e redutores do bairro. Durante o levantamento, a reportagem encontrou uma placa de sentido único no cruzamento da Avenida Afluente com a Rua Jenipava, mas moradores afirmam que motoristas não respeitam a sinalização. Flávia Xavier, 33 anos, atendente, disse: "Acho que a situação é precária e poderia estar melhor. Reclamam bastante, principalmente porque não respeitam a placa de PARE. Por aqui, não respeitam a sinalização." A moradora Beatriz Maram, de 26 anos, afirmou: "Se você vier sábado ou domingo, vai perceber que não lê nada. Aqui é bem ruim: não há sinalização. Faz mais de um mês; quebra-molas só existe na via principal. Lá é tudo bonito, mas, para cá, não há nenhuma sinalização." Ela comparou a região à Vila Margarida, onde morava antes, e destacou a diferença na manutenção. Moradores também reclamam da presença de jovens andando de moto e empinando, além da circulação intensa de ônibus, que aumenta o risco de acidentes. Eles afirmam que a falta de sinalização não afeta apenas motociclistas, mas também pedestres e motoristas de veículos menores. A situação preocupa principalmente nos finais de semana, quando o movimento aumenta. O ponto exato do acidente de Gustavo continua sem nenhuma sinalização vertical ou horizontal, e os redutores próximos apresentam sinais apagados ou inexistentes. Além da situação das ruas, familiares de Gustavo relatam que ele permanece internado e em tratamento intensivo na Santa Casa de Campo Grande. A esposa, grávida de cinco meses, acompanhou a recuperação inicial e disse: "Ele sempre foi dedicado e trabalhador. Trabalha com recapagem de pneus de carreta, sai de casa à tarde e volta madrugada adentro. Estamos focados na recuperação dele agora." A reportagem entrou em contato com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) para questionar sobre manutenção, cronograma de revitalização e providências, mas não recebeu retorno até a publicação. O espaço segue aberto para declarações futuras. Receba as principais notícias do Estado pelo celular . Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook , Instagram , TikTok e WhatsApp .

Fonte original: abrir