Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

Além do fogo, brigadistas enfrentam pedras e longas caminhadas no Amolar

15/10/2025 21:26 Campo Grande News - Política

Brigadistas comunitários têm enfrentado uma rotina exaustiva para combater o fogo que atinge a Serra do Amolar, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Diariamente, eles caminham até 15 quilômetros em terreno pedregoso e íngreme para conter as chamas que avançam sobre morros e a vegetação nativa da região.  O incêndio, que começou no topo da cordilheira, vem se expandindo e está sendo combatido por uma força conjunta formada pelos brigadistas voluntários, com apoio da ONG Ecoa, e por equipes do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) do Ibama e da Brigada Quilombo do Vale do Ribeira, de São Paulo. Em muitos trechos, o terreno acidentado, repleto de pedras e desníveis, impede até o uso de veículos. À frente da Brigada Comunitária, Roberto Carlos Conceição de Arruda, o Beto, conta que os voluntários estão há dias no combate e enfrentam uma verdadeira maratona de subidas e descidas sob o sol forte. “A gente chega cansado para combater e fazer aceiro. O transporte é só a pé. Estamos precisando de apoio, principalmente com veículos e equipamentos”, relata o brigadista.  Das sete pessoas que compõem a Brigada Comunitária, quatro são da família de Arruda: o genro e duas filhas. Uma delas é Edilaine Nogales de Arruda, que concluiu o curso de brigadista neste ano.  “Às vezes, precisamos carregar materiais nas costas por longas distâncias e já chegamos exaustos ao local do combate. Em alguns momentos, perdemos horas só para recuperar o fôlego e conseguir voltar a enfrentar o fogo”, afirma Edilaine.  Nesta quarta-feira (15), ela não seguiu para o combate. “Hoje eu não fui. Fiquei em casa com muita dor nas costas e no pulmão. Fico na cozinha e eles vão”, contou a voluntária. Proteção -  Apesar do esforço físico, os brigadistas têm conseguido proteger a comunidade, abrindo aceiros que impedem o avanço das chamas sobre as casas ribeirinhas e áreas mais sensíveis da serra. Eles também relatam cenas comoventes de animais em fuga, buscando refúgio nos aceiros e em pontos mais seguros para escapar do fogo. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas  redes sociais .

Fonte original: abrir