Dólar recua e fecha a R$ 5,46 após fala moderada dos EUA sobre China
O dólar à vista caiu 0,13% nesta quarta-feira (15), cotado a R$ 5,46, após declarações mais moderadas do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, sobre o conflito comercial com a China. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, avançou 0,65%, encerrando o dia aos 142.604 pontos. A fala do secretário reduziu o temor de um rompimento nas relações entre as duas maiores economias do mundo. Bessent afirmou em entrevista à rede CNBC que os Estados Unidos não pretendem ampliar o atrito com a China e que o presidente Donald Trump (Republicano) está pronto para se reunir com o líder chinês, Xi Jinping. A sinalização de diálogo trouxe alívio aos mercados e compensou a tensão criada na véspera, quando Trump ameaçou cortar laços comerciais com o país asiático. O secretário disse que a confiança entre os dois governos tem evitado um agravamento da disputa. O mercado também reagiu à divulgação do “Livro Bege”, relatório do banco central estadunidense, o Fed (Federal Reserve), que mostrou estabilidade na atividade econômica e no nível de emprego nos últimos meses. O documento apontou redução de postos de trabalho em diversos setores e destacou que mudanças nas políticas de imigração prejudicaram a oferta de mão de obra em áreas como hotelaria, agricultura e manufatura. O relatório é usado pelo Fed para avaliar a economia antes de decidir sobre os juros. No cenário internacional, o ouro ultrapassou US$ 4,2 mil a onça pela primeira vez, impulsionado pela expectativa de novos cortes nas taxas de juros americanas. Investidores buscaram ativos considerados seguros diante da incerteza econômica e geopolítica. Em Wall Street, o Dow Jones recuou 0,04%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq subiram 0,41% e 0,66%, respectivamente. As bolsas da Europa e da Ásia fecharam mistas, com ganhos maiores nos mercados asiáticos. No Brasil, a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrou avanço de 0,2% nas vendas do varejo em agosto frente a julho e alta de 0,4% em relação a 2024. O resultado interrompeu uma sequência de quatro quedas mensais. Segundo o instituto, cinco das oito atividades pesquisadas tiveram crescimento, com destaque para informática e comunicação, que subiram 4,9%, influenciadas pela desvalorização do dólar em agosto. Entre os setores que recuaram, o IBGE apontou quedas em livros, jornais e papelaria (-2,1%) e combustíveis (-0,6%). No varejo ampliado, que inclui veículos, material de construção e atacado de alimentos, o volume de vendas cresceu 0,9% no mês, mas caiu 2,1% em relação a agosto do ano passado. No acumulado da semana, o dólar registra queda de 0,74% e o Ibovespa, alta de 1,37%. No mês, a moeda americana ainda sobe 2,63%, enquanto o índice da Bolsa recua 2,48%. No ano, o dólar acumula perda de 11,61% e o Ibovespa valoriza 18,56%. Receba as principais notícias do Estado pelo celular . Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook , Instagram , TikTok e WhatsApp .
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