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Agência manda recolher remédios falsos contra câncer em hospitais

23/10/2025 03:35 Campo Grande News - Política

Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou nesta terça-feira (21) a apreensão imediata de lotes falsificados dos medicamentos Keytruda e Avastin, usados no tratamento de diferentes tipos de câncer. As versões adulteradas foram encontradas em hospitais e clínicas de várias regiões do País. A decisão foi tomada após confirmação das farmacêuticas MSD e Roche de que os produtos não são originais. Os medicamentos eram distribuídos pela empresa LAF MED Distribuidora de Medicamentos e Materiais Hospitalares, que teve a licença cassada. A Anvisa informou que a distribuidora é investigada por envolvimento em um esquema de falsificação de remédios oncológicos. A cassação ocorreu após uma operação conjunta realizada em Fortaleza, no Ceará, com apoio da Secretaria Estadual de Saúde e da Agência de Fiscalização do município. Durante a ação, fiscais encontraram caixas com rótulos em inglês e sem registro nacional, o que indica falsificação internacional. Também foram localizadas notas fiscais que comprovam a venda irregular dos produtos. A primeira denúncia sobre o Keytruda surgiu em junho, após um hospital de Palmas (TO) relatar suspeita sobre o lote SO48607. A MSD confirmou que o frasco não era original e possuía selo holográfico falso e inscrições em árabe. Outro caso foi registrado em julho, em um hospital de Vitória da Conquista (BA), com o lote YO19148, também adquirido da LAF MED. O produto não tinha número de registro da Anvisa e apresentava diferenças visuais em relação ao original. A investigação continua. No caso do Avastin, a falsificação foi identificada no lote H0386H05. A Roche informou que o código usado era semelhante ao verdadeiro, mas o rastreamento e as embalagens mostravam inconsistências. A Anvisa alerta que o uso de medicamentos falsificados pode comprometer o tratamento e causar efeitos graves, inclusive risco de morte. O órgão reforça que falsificar medicamentos é crime hediondo, com penas de 10 a 15 anos de prisão. Receba as principais notícias do Estado pelo celular . Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook , Instagram , TikTok e WhatsApp .

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