Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

Adriane Galisteu relembra morte do pai alcóolatra, dependência química do irmão e ambição por dinheiro: 'Foquei na grana de um jeito tão focado que eu passava como um rolo compressor em cima de sentimentos, de pessoas'

09/11/2025 13:25 O Globo - Rio/Política RJ

Filha de pai alcoolatra, Adriane Galisteu relembrou como a morte dele afetou a sua família e influenciou na dependência química de seu irmão, Alberto Filho. No documentário "Meu Ayrton por Adriane Galisteu", que estreou no último dia 06 de novembro, no HBO Max, a apresentadora conta que seu pai, Alberto, começou a desenvolver problemas com a bebida após tomar um rombo do sócio na gráfica na qual trabalhava.
— Aí a bebida deixou de ser social e se tornou real. Eu sempre mantive meus dois pés no chão, isso graças à minha mãe, que sempre foi muito dura, teve uma vida muito difícil. Hoje eu peço perdão pra ela porque imagino o que ela suportou. Minha mãe nunca conseguiu dividir a dor dela com ninguém, nem comigo — explica a apresentadora citando a mãe, Emma Galisteu, de 76 anos.
Após a morte dele, quando Adriane tinha 15 anos, o irmão dela começou seu processo de dependência química. Ele morreu em 1996, aos 28 anos, vítima de um pneumonia decorrente da Aids.
— Minha mãe não percebeu. O foco dela estava muito no meu pai, cuidado de pepinos, a gente sem dinheiro... a casa foi virando um caos, porque a minha mãe preferia que meu irmão usasse drogas aqui do que ele ser preso, se arriscar. Meu irmão era um cara doce e começou a ficar agressivo. Então ela começou até a buscar drogas para ele, quem ia era ela. A minha mãe ia tentando devolver as coisas que apareciam. Eu fui saindo, eu me enfiava na casa de amigo, de namorado, de peguete. Eu só não queria ficar em casa — relata.
Adriane, que começou a trabalhar aos nove anos como modelo, disse que seu foco na vida era ganhar dinheiro.
— Eu achava que o dinheiro iria resolver todos os problemas. Que todos os problemas da casa tinham a ver com falta de dinheiro. Então eu foquei na grana. Foquei na grana de um jeito tão focado que eu passava como um rolo compressor em cima de sentimentos, de pessoas. Eu ia atrás do dinheiro e fiquei muito tempo assim — contou ela, que conheceu Ayrton Senna após um trabalho como modelo como garota Shell na Fórmula 1.
TV e famosos: se inscreva no canal da coluna Play no WhatsApp
Adriane e a mãe, Emma
reprodução
Initial plugin text

Fonte original: abrir