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Ação nacional contra tráfico de fauna tem alvos em Mato Grosso do Sul

29/10/2025 22:54 Campo Grande News - Política

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) participou, nesta quarta-feira (29), da Operação Libertas, ação nacional coordenada pela Abrampa (Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente) para combater o tráfico de animais silvestres em todo o país.  A ação ocorreu em um dos períodos mais críticos para o tráfico de fauna, que é a época de reprodução das espécies, quando há maior incidência de captura e venda ilegal de filhotes. A operação reuniu Ministérios Públicos, Polícias Ambientais e órgãos de fiscalização de 11 estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul, e apreendeu mais de 765 animais silvestres traficados. Em Mato Grosso do Sul, as equipes vistoriaram 35 locais nos municípios de Campo Grande, Bataguassu, Bataiporã e Ivinhema, com apoio dos órgãos ambientais competentes. Durante as fiscalizações, foi apreendida uma ave da espécie curió e um filhote permaneceu com o criador como fiel depositário. O MPMS informou ainda que foram aplicadas multas no valor de R$ 500,00 e emitidas cinco notificações por manutenção de aves exóticas sem nota fiscal e falta de comunicação de óbito de animal. Além do tráfico de fauna, as diligências também identificaram indícios de receptação, falsificação de documentos, maus-tratos e organização criminosa. As investigações continuam em andamento para consolidar provas e responsabilizar os envolvidos. O MPMS reforçou seu compromisso com a preservação da fauna silvestre e destacou a importância da ação conjunta entre Ministérios Públicos e órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) no combate ao tráfico de animais e demais crimes ambientais. Operação Nacional — No âmbito nacional, a Operação Libertas cumpriu 116 mandados, realizou 36 fiscalizações e efetuou 11 prisões, além de 17 conduções de suspeitos. Foram apreendidos animais silvestres, entre aves, tartarugas, répteis, esquilos-voadores e até pequenos felinos, além de 15 instrumentos de captura, 37 celulares, armas de fogo, gaiolas e documentos falsos. De acordo com o informado pela promotora de Justiça Carolina Mendonça de Siqueira, da 8ª Promotoria de Betim (MG), durante coletiva de imprensa, as investigações em Minas Gerais identificaram 40 alvos, incluindo receptadores, compradores e intermediários ligados a traficantes de animais. Somente em Minas, a Polícia Civil realizou 21 prisões e aplicou cerca de R$ 630 mil em multas administrativas. Os crimes constatados envolvem manutenção e venda irregular de animais, maus-tratos e introdução de espécies exóticas. A Operação Libertas contou com a participação dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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