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64 mortes: após megaoperação contra o CV, toda a polícia do RJ está de sobreaviso

28/10/2025 20:00 GazetaWeb - Política

Decisão ocorre após a morte de 64 pessoas e a prisão de outras 81 durante a ação policial.


Foto: Reprodução








Após a megaoperação deflagrada contra o Comando Vermelho (CV), nesta terça-feira (28/10), nos complexos do Alemão e da Penha (zona norte do Rio de Janeiro), a coluna apurou que todos os policiais militares e civis do Rio de Janeiro (RJ) estão agora de sobreaviso. Isso significa que ambas as corporações ficarão em regime de prontidão especial, com agentes podendo ser convocados para atuar a qualquer momento, caso seja necessário.A decisão ocorre após a morte de 64 pessoas e a prisão de outras 81 durante a ação policial. Entre os mortos, quatro eram policiais civis – dois agentes da Polícia Civil e dois militares.A ofensivaAs comunidades onde a megaoperação foi deflagrada foram acordadas ao som de disparos. O cenário rapidamente foi tomado pelas chamas das barricadas incendiadas pelos criminosos e pela fumaça das bombas.Cerca de 2,5 mil agentes participaram da ofensiva contra a facção criminosa. O objetivo era cumprir 51 mandados de prisão contra traficantes que atuam no Complexo da Penha.A ação policial contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core/PCERJ) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope/PMERJ).Prisões e mortesLideranças do CV que estavam foragidas há anos foram presas na ação policial. Entre elas, o traficante Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo. O criminoso é chefe do Morro do Quitungo, na Penha e responde por uma série de crimes ligados a tráfico de drogas, comércio de armas e confrontos com quadrilhas rivais.O operador financeiro Edgard Alves de Andrade, criminoso conhecido como Doca, um dos chefes do CV mais procurados do Rio, também foi preso. Ele foi identificado como Nikolas Fernandes Soares.Governo do Rio se pronunciaNa manhã desta terça (28/10), a PCERJ, a Polícia Militar e o governo do Rio concederam uma entrevista coletiva para detalhar a megaoperação. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), cobrou o governo federal e afirmou que o estado está “sozinho” na luta contra o crime organizado. “Em 2010, o Brasil inteiro viu um trabalho de integração, e hoje o Rio está sozinho”, reclamou o governador fluminense.Em seu pronunciamento, Castro afirmou que não chegou a solicitar auxílio para essa operação, uma vez que, anteriormente, pedidos para o uso de blindados teriam sido negados. “Tivemos pedidos negados três vezes. Para emprestar o blindado, tinha que ter GLO [Garantia da Lei e da Ordem], e o presidente é contra a GLO. Cada dia é uma razão para não colaborar”, continuou.Por fim, o governador classificou a ação como “a maior da história do RJ”: “O estado está fazendo a sua parte, sim, mas, quando se fala em exceder — exceder inclusive as nossas competências —, já era para haver um trabalho de integração muito maior com as forças federais, o que, neste momento, não está acontecendo.”Veja a matéria completa em Metrópoles

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