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Seis são condenados por fraude em reagentes do Hospital Regional

09/10/2025 19:38 Campo Grande News - Política

Seis pessoas foram condenadas por fraude em licitação para compra de reagentes destinados ao Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande. Servidores públicos, empresários e empresas deverão devolver ao menos R$ 12 milhões aos cofres públicos. A decisão decorre da Operação Reagente, deflagrada em novembro de 2018 pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). De acordo com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o esquema, ocorrido em 2016, desviou cerca de R$ 5,6 milhões por meio de superfaturamento. O valor será atualizado na fase de liquidação da sentença, podendo chegar a aproximadamente R$ 12 milhões. A decisão da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande reconheceu a prática de improbidade administrativa por permitir ou facilitar a aquisição de produtos e serviços por preço superior ao de mercado no Pregão Eletrônico nº 73/2016. Foram condenados os ex-servidores José Roberto Scarpin Ramos, então coordenador do Sistema de Registro de Preços, e Marcus Vinicius Rossettini de Andrade Costa, à época superintendente de Gestão de Compras e Materiais. Também foram responsabilizados os empresários Michela Ximenes Castellon e Carlos Almeida de Araújo, donos das empresas Neo Line Produtos e Serviços Hospitalares Ltda. e Lab Pack do Brasil Produtos Hospitalares Ltda. A Justiça impôs sanções financeiras solidárias aos seis condenados, incluindo o ressarcimento integral do dano, com correção e juros desde junho de 2016, e multa civil equivalente ao valor atualizado do prejuízo. Além disso, as empresas foram proibidas de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais: a Neo Line por quatro anos e a Lab Pack por dois. Na sentença, o juiz destacou que a gravidade das sanções se justifica pela “natureza articulada e sistemática do esquema”, voltado a fraudar licitações de insumos essenciais para a saúde pública. Já os réus Mauro Raupp Estrela e Luiz Antônio Moreira de Souza foram absolvidos por falta de provas quanto à participação direta nos atos de improbidade. Eles são sócios nas duas empresas condenadas.  A decisão é de primeiro grau, do juiz Giuliano Máximo Martins, e os réus podem recorrer. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas  redes sociais .

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