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Peça feminista com Gabriela Duarte entra em cartaz em Salvador

24/10/2025 09:03 A Tarde - Política

Diagnosticada com depressão e histeria, uma mulher é forçada por seu marido médico a manter-se em confinamento para evitar qualquer esforço físico ou mental. No ambiente, ela tem sua subjetividade e autonomia negadas, enquanto cria uma obsessão pelo papel de parede amarelo do quarto. Esse é o enredo do espetáculo O papel de parede amarelo e Eu, que chega a Salvador nessa sexta-feira, 24, com sessões até domingo, 26, no Teatro Faresi. Os ingressos estão à venda no site ingressodigital.com e na bilheteria do teatro.


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Com direção de Alessandra Maestrini e Denise Stoklos, a montagem inspirada no conto feminista homônimo da romancista Charlotte Perkins Gilman, publicado em 1892, apresenta a atriz Gabriela Duarte em seu primeiro monólogo.A peça propõe uma reflexão sobre papéis de gênero, controle dos corpos femininos e saúde mental.Reflexões ancestraisA ideia para o espetáculo partiu da própria atriz, que considera a temática tratada no conto pertinente aos dias atuais. “O texto ainda conversa com a gente, mesmo sendo escrito há mais de 100 anos. Isso me intriga como ser humano e artista”, diz Duarte.Maestrini compartilha do mesmo pensamento. Ela exclama: “As questões permanecem as mesmas, o que mudou foi o cenário, o contexto atual. Isso tudo pode acontecer em qualquer tempo e espaço”.
































































Peça conta a história de uma mulher é forçada por seu marido médico a manter-se em confinamento




|  Foto: Priscila Prade









Embora a discussão seja centrada nas dinâmicas de gênero, a interseccionalidade entre raça e classe não foi esquecida em O papel de parede amarelo e Eu. Por esse motivo, foi incorporado no final do espetáculo um texto manifesto, escrito por Alessandra, em que a atriz que dá vida à personagem questiona todos os tipos de opressão, inclusive as de cunho social e racial.Gabriela defende que, embora a sua trajetória pessoal se confunda com a da personagem em vários momentos no monólogo, seu desejo não é falar exclusivamente de si.“A ideia é falar para todas as mulheres. O artista deveria falar para toda a humanidade. A minha pretensão está neste lugar, de poder conversar com todo mundo, independente do gênero, religião e local”, afirma a atriz.Essencial e estruturalA produção da peça mistura elementos do Teatro Essencial – linguagem criada por Denise que valoriza a expressividade do ator por meio do corpo, voz e mente, ao olhar atento de Maestrini.O espetáculo apresenta ao público uma performance que reúne diferentes expressões artísticas em um único palco, a “performance estrutural”, como define Maestrini.O cenário também é um elemento vivo na peça. Criado por Márcia Moon, ela traz, em cima do palco, uma prisão transparente, retrata

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