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Parentes de mortos em megaoperação no Rio fecham pistas da Avenida Francisco Bicalho; trecho foi reaberto

30/10/2025 21:37 O Globo - Rio/Política RJ

Dezenas de mulheres se ajoelharam nas pistas Avenida Francisco Bicalho, uma das principais vias do Centro do Rio, em frente ao Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no início da noite desta quinta-feira. Elas protestam pela morte de parentes na megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, na última terça-feira. O trecho já foi reaberto, após cerca de 30 minutos bloqueado.
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De mãos dadas, elas fecharam a via no sentido Centro, entoando gritos de ordem, como "se mexerem com nossos filhos, vocês não terão sossego"; "Chega de matança. Cláudio Castro é assassino de criança"; e “Não tem arrego, se mexer com os nossos filhos, eu tiro o seu sossego”.
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Policiais militares usaram spray de pimenta para dispersar a manifestação. O ato provocou engarrafamento no trânsito e tumulto no local, com bate boca entre motoristas e as mulheres que faziam o bloqueio.
— Tiraram meu filho de mim. Podem me matar na porrada — grita uma das mulheres.
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Na tentativa de mediar o protesto junto à Polícia Militar, a coordenadora da Rede de Proteção de Atenção a pessoas Afetadas pela Violência do Estado (Raave), Lorena Martins, alerta que o diálogo com as autoridades do Rio está muito precário. Ela foi uma das pessoas surpreendida pela ação da PM, enquanto falava com as autoridades.
— Não existe mais nenhuma possibilidade de mediação com as polícias do Rio de Janeiro e aparentemente com o Ministério Público — disse Lorena Martins

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