Operação mira esquema de propina e lavagem de dinheiro em repartição policial de SP
A Polícia Federal, o Ministério Público de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Civil deflagraram nesta quarta-feira a Operação Mata-Nota, que mira um advogado e três policiais lotados no Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Os alvos estariam envolvidos a prática de crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de capitais.
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Segundo o Ministério Público, o advogado e dois policiais foram presos preventivamente. Mandados de busca e apreensão também foram expedidos, bem como o bloqueio de bens no montante de R$ 1 milhão. O valor é equivalente ao que teria sido pago em propina pelo advogado aos agentes públicos.
Em relação ao terceiro policial investigado, o MP-SP afirma que não há, no momento, a decretação da prisão. O advogado preso já foi condenado em um processo de extorsão mediante sequestro e associação criminosa.
A investigação teve início com a prisão no ano passado de um homem que transportava 345 kg de drogas no fundo falso de um caminhão frigorífico. A quebra de sigilo dos dados do suspeito permitiu aos policiais acessarem um vídeo que mostra um diálogo sobre o pagamento de propina para interromper uma outra investigação, que mirava um traficante conhecido como Costurado.
"Mesmo com a identificação de um laboratório de refino ligado a "Costurado" na cidade de Jarinu, a investigação relativa a ele foi paralisada", diz o MP-SP.
A gravação que revelou o esquema data de março de 2024 e trata-se de uma videochamada entre três dos quatro alvos e a citação ao quarto alvo da operação. Os investigadores descobriram que, pouco depois dessa conversa, os policiais envolvidos no esquema compraram imóveis. Eles já ostentavam um padrão de vida incompatível com a remuneração da carreira policial.
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