Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

Olho na Copa: semifinalista no Catar, Marrocos consolida projeto e volta ainda mais forte em 2026

10/12/2025 06:00 O Globo - Rio/Política RJ

Adversário do Brasil na estreia da Copa do Mundo de 2026, Marrocos deixou de ser uma surpresa. Semifinalista em 2022, liderou grupo com Croácia, Bélgica e Canadá, eliminou Espanha e Portugal e parou apenas na França. Quatro anos depois, a equipe volta com mais experiência e opções no elenco.
Os Leões do Atlas vivem sua melhor fase: após a Copa, conquistaram medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris, no ano passado, e o Mundial Sub-20, em outubro, no Chile — com vitória sobre a Argentina na final.
A partir do próximo dia 21, o país também sediará a Copa Africana de Nações, uma oportunidade para torcedores — e adversários — observarem as forças africanas.
Em relação à seleção de 2022, há novidades e perdas. O meia-atacante Ziyech, hoje com 32 anos e um dos destaques da última edição, viveu um ciclo conturbado, entre lesões e trocas de clube. Em outubro, fechou com o Wydad Casablanca-MAR, mas perdeu espaço na seleção.
Por outro lado, a equipe do técnico Walid Regragui, que segue no comando, ganhou Brahim Díaz. O meia-atacante do Real Madrid, um dos jogadores mais técnicos do futebol europeu, é o camisa 10 dos Leões. Nascido na Espanha, é um dos frutos do projeto de busca por talentos com raízes marroquinas, iniciado pela federação em 2010.
Nas Eliminatórias Africanas, Marrocos foi a primeira seleção africana a se classificar ao Mundial. El Kaabi (Olympiacos-GRE), de 32 anos, que esteve em 2018, mas não em 2022, terminou como artilheiro da equipe.
Comentarista e especialista em futebol africano da CazéTV e do projeto Ponta de Lança, Marcus Carvalho ressalta a academia Mohammed VI, centro de treinamento de excelência inaugurado em 2009 pelo rei local, Maomé VI, em Rabat, como um dos maiores trunfos de Marrocos no cenário mundial.
— Eles têm o melhor projeto de futebol do continente africano. Podemos centralizar tudo na figura da academia, um centro de desenvolvimento de estudos e também de recuperação para jogadores que não estão bem. É um lugar onde os jovens estudam, onde tem campeonatos para jogarem. As categorias de base se encontram com muita frequência. Tem todo um projeto de identidade de futebol definida — explica.
Há quatro anos, Marrocos se apresentou como uma seleção forte defensivamente que tinha técnica e velocidade para atacar em transição. Carvalho diz que essa identidade segue, mas que os Leões têm uma alta adaptabilidade a jogos e rivais:
— É um time que também consegue tocar a bola, segurar a posse. No contexto mais interno do continente africano, vemos essa característica. Um time de domínio, de posse, toque e de jogadas elaboradas, do jogo mais apoiado. É capaz de fazer os dois.

Fonte original: abrir