Nós ouvimos Luedji Luna antes que a Terra Acabe
<p>Luedji Luna não faz música para ser consumida apressadamente – ela exige presença. Em Um Mar Pra Cada Um, seu quarto álbum de estúdio, a artista baiana reafirma-se como uma força singular na música brasileira contemporânea. Longe de fórmulas fáceis ou da busca por um novo hit como o já clássico “Banho de Folhas”, Luedji entrega aqui sua obra mais íntima, espiritual e ousada.</p><p>É uma obra que não apenas se ouve, mas se sente, nos convidando o ouvinte a um mergulho em suas próprias águas de afeto e autodescoberta. Acho que todos foram na noite desse sábado (8/11), na Praça das Mercês, no Festival Luz Negra, que também reverenciou a raiz da Cultura Popular do Maranhão, compreendeu a mensagem de Luedji Luna no palco ouvindo cada canção e swingando levemente com o corpo sob efeitos de R&amp;B, neo-soul, entre outros axés.</p><p>[media :type="fotolegenda" :ref="806974" :title="A cantora baiana Luedji Luna no Festival Luz Negra. Foto: Divulgação" /]</p><p>Em Um Mar Pra Cada Um, lançado em 2025, Luedji Luna não apenas canta – ela pensa, cura e provoca. E confirma o que muitos já sabiam: há poucos nomes tão corajosos, criativos e essenciais na música brasileira hoje.</p><p>Apaixonada pelo Maranhão, após sentir a magia e história de São Luís e a beleza natural dos Lençóis Maranhenses, citando Atins, Luedj Luna encerra o show convidando todo mundo pra dançar numa atmosfera de Apocalipse e o refrão de que Antes Que a Terra Acabe / Quero me Acabar Nela. E dona de uma plateia ansiosa por um "gran finale" veio de Banho de Folhas, o seu grande carro-chefe musical com cheiro de uma baianidade ancestral.</p>
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