Nobel da Paz: Cerimônia de premiação começa sem vencedora María Corina Machado
A cerimônia do Prêmio Nobel da Paz começou esvaziada nesta quarta-feira pela ausência da líder opositora venezuelana, María Corina Machado, laureada com a comenda neste ano. A presença ou não da "dama de ferro" em Oslo provocou dúvida e expectativa nos últimos dias, entre confirmações públicas por parte de sua equipe e do instituto organizador, embora a "dama de ferro" esteja sob uma proibição de viagem por decisão do regime chavista.
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Após confirmações e cancelamentos, o Instituto do Nobel Norueguês informou pouco antes do início da cerimônia de premiação que María Corina estava a caminho de Oslo, mas só chegaria à capital da Noruega entre a noite desta quarta e a quinta-feira. Ela deve ser representada durante a cerimônia pela filha, Ana Corina Sosa Machado.
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O diretor do Instituto Nobel Norueguês, Kristian Berg Harpviken, anunciou no sábado que María Corina receberia a honraria em mãos, mas precisou recuar pouco depois. O cancelamento de uma coletiva de imprensa na terça-feira deu indicativos de que a participação não ocorreria de fato. Na clandestinidade desde o último processo eleitoral, no qual Nicolás Maduro se declarou vencedor sem a apresentação dos resultados oficiais detalhados, María Corina sofre com limitações de deslocamento impostas pela lei.
A incerteza permaneceu até a manhã desta quarta. Horas antes da cerimônia, a organização afirmou que a venezuelana não compareceria à Prefeitura de Oslo, mencionando que a opositora "vive sob ameaça de morte do regime".
— Essa ameaça também se aplica quando está fora do país, tanto por parte do regime como dos amigos do regime em todo o mundo — afirmou Harpviken.
Pouco depois, porém, o instituto confirmou que María Corina seguia em direção à capital norueguesa, com chegada prevista entre a noite de quarta e a quinta-feira — depois da premiação, portanto.
"Embora não possa chegar à cerimônia, nem aos atos de hoje, ficamos profundamente felizes em confirmar que ela está a salvo e que estará conosco em Oslo", afirmou o instituto em um breve comunicado, que cita uma "viagem em uma situação de extremo perigo".
María Corina foi anunciada como vencedora em 10 de outubro. O Comitê do Nobel justificou o seu "incansável trabalho em favor dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta por uma transição justa e pacífica da ditadura à democracia".
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