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Ministério da Saúde orienta estados sobre diagnóstico de intoxicação por metanol

10/10/2025 21:47 Campo Grande News - Política

O Ministério da Saúde emitiu, nesta sexta-feira (10), uma nota técnica com novas orientações a estados e municípios sobre o atendimento e a notificação de casos de intoxicação por metanol relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. De acordo com a pasta, o documento atualiza os critérios para confirmação de casos e define o fluxo de análise laboratorial, além de detalhar procedimentos para solicitação de insumos e para a notificação imediata dos registros ao CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde). A partir de agora, a confirmação de casos com indicação de tratamento passa a considerar o histórico de ingestão de bebida alcoólica, o quadro clínico do paciente e achados laboratoriais compatíveis. Nos casos suspeitos, o período de persistência ou piora dos sintomas, que ocorre entre seis e 72 horas após o consumo, será o principal indicativo para investigação. A nota técnica também traz definições para casos confirmados, descartados e em investigação, além de reforçar que a notificação imediata deve ser feita aos CIEVS estaduais, que, por sua vez, devem comunicar o CIEVS nacional por meio do Disque-Notifica (0800 644 6645) e da plataforma e-Notifica. Segundo o Ministério da Saúde, cada estado será responsável por definir o laboratório encarregado das análises, priorizando as unidades da rede CIATox (Centro de Informações Toxicológicas) ou da Polícia Científica. A pasta reforça que os sintomas da intoxicação por metanol podem demorar entre seis e 72 horas para se manifestar. Os sinais iniciais incluem sensação prolongada de embriaguez, náuseas, vômitos, dor abdominal intensa ou desconforto gástrico. Também podem ocorrer dores de cabeça, tontura, confusão mental e, em casos mais graves, alterações visuais e perda de consciência. “Ao apresentar qualquer um desses sintomas, especialmente alterações visuais, após a ingestão de bebida alcoólica, procure imediatamente o serviço de emergência mais próximo”, alertou o Ministério da Saúde. O Brasil conta com 32 CIATox, que atuam como centros de referência em toxicologia, diagnóstico e manejo de intoxicações, além de apoiar a toxicovigilância e o monitoramento de riscos químicos. Protocolo em MS - Conforme noticiado em reportagem do Campo Grande News, o protocolo de atendimento do Governo do Estado, segue um fluxo específico por paciente. A partir da notificação de um caso suspeito pelo hospital ao CIATox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), o centro aciona a Assistência Farmacêutica Estadual, que formaliza a solicitação do antídoto junto ao Ministério da Saúde. A entrega será feita diretamente ao hospital solicitante, de acordo com o peso e a condição clínica do paciente, sendo que, em média, 30 ampolas são utilizadas por paciente adulto. Distribuição de antídoto - Para reforçar o tratamento dos casos de intoxicação, o país recebeu, na quinta-feira (9), um lote com 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol, utilizado no tratamento contra o metanol. A distribuição já começou, com 1,5 mil unidades enviadas aos estados — São Paulo foi o primeiro a receber 288 unidades, em razão do maior número de casos registrados. O estoque estratégico federal manterá mil ampolas reservadas para emergências, e o envio será ampliado para todo o país nas próximas semanas. O Ministério também enviou 1,4 mil unidades de etanol farmacêutico, que pode ser usado para reduzir a gravidade da intoxicação por metanol. O insumo foi encaminhado a 11 estados: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

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