
Maioria reprova uso de multas de trânsito para financiar CNH Social
A maioria dos participantes da enquete do Campo Grande News se mostrou contrária à utilização de recursos provenientes de multas de trânsito para financiar o programa CNH Social, que oferece habilitação gratuita a pessoas de baixa renda em Mato Grosso do Sul. Dos internautas que votaram, 59% afirmaram que as multas devem ser destinadas exclusivamente à educação e à fiscalização do trânsito, como prevê o Código de Trânsito Brasileiro. Já 41% consideraram justo aplicar o dinheiro na CNH Social, argumentando que a medida promove inclusão e oportunidade de emprego. Nos comentários, parte dos leitores expressou insatisfação com a destinação do recurso e questionou a efetividade do programa. “Baixa renda conheci pessoa que tem condição e conseguiu a CNH Social, poderia ser investido em algo que a população toda usufruísse”, escreveu Suzinete da Silva, refletindo a desconfiança sobre os critérios de seleção. Outros defenderam que o foco deveria ser na segurança viária. “Tem que aproveitar agora que retirou muitos dos radares e redutores de velocidade. Coloca quebra-molas ou passarelas elevadas, pois assim não gera multa e nem onera os cofres públicos com aluguel destes equipamentos”, sugeriu Aquiles Neves, destacando que a prioridade deveria ser a infraestrutura e prevenção de acidentes. Entre os que apoiam o uso da verba para a CNH Social, o argumento central é o impacto social do programa — principalmente para quem busca inserção no mercado de trabalho e não teria condições de pagar pela habilitação. A CNH Social foi criada para oferecer a primeira habilitação gratuita a pessoas em situação de vulnerabilidade, mas o uso de multas como fonte de financiamento divide opiniões entre transparência, justiça social e a função original das penalidades de trânsito.
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