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Leão e a arrancada que não foi planejada
O Remo está tendo agora, na reta decisiva, a arrancada que outros times tiveram em outros momentos da Série B. Inclusive o Paysandu, que obteve 17 dos seus 26 pontos entre a 12a e a 20a. O Athletico Paranaense teve sete vitórias seguidas. O Criciúma fez 33 dos seus 53 pontos entre a 15a e a 28a rodadas. O Athletic saiu da "lanterna" e virou sensação ao faturar 18 pontos da 12a à 20a rodada.
Esses e todos os outros times tiveram queda de performance depois do "sprint". Foi o caso do próprio Remo, que saiu do G4 na 11a rodada e há 21 está fora, podendo voltar na próxima. O Leão Azul está numa sequência de quatro vitórias por um impressionante crescimento de performance que ocorre na hora certa. Se esse "sprint" dos azulinos durar o que duraram os que foram cotados acima, o acesso à Série A será apenas uma consequência. Essa é uma arrancada que não foi planejada.
O que pode explicar?
Na coletiva pós Re-Pa, Guto Ferreira fez entender que encontrou o elenco do Remo com reserva de energia. O time que não estava rendendo, respondeu aos estímulos com uma explosão e logo se transformou. A explosão é de esforço, confiança, prazer e entusiasmo. Embalou!
Se o Remo vai subir ou não vai, ninguém pode garantir. Mas está engrenando em todos os aspectos e é o time em melhor estado emocional. Sobram motivos para acreditar. A fase iluminada será testada no sábado pelo sempre surpreendente Athletic, um time que tem o seu veneno e que vem disposto a tudo na sua luta contra rebaixamento. Cuidado!
BAIXINHAS
* Márcio Fernandes, um ano depois de assinar a operação salvamento do Papão, vai ter que assinar as últimas páginas de um rebaixamento que já era irreversível desde a sua chegada. A diferença é que ano passado tinha mais peças decisivas e dinheiro alto como premiação. Desta vez, o time é mais limitado e não há dinheiro nem para as obrigações trabalhistas básicas.
* Eduardo Ramos não honrou a Camisa 33 e só teve êxito no Remo depois que a trocou pela camisa 10. Felipe Vizeu foi mal com a 33 e pior com a 9. Instituída em 2014, a camisa 33, com toda a simbologia do tabu, finalmente teve pelo menos um momento mágico para dignificá-la, justamente num Re-Pa, no golaço decisivo do uruguaio Diego Hernandez.
* O Remo saiu do G4 na 11a rodada, no início de junho, ao ser derrotado pelo CRB (2 x 0) em Maceió. Passadas 21 rodadas, o time azulino tem a perspectiva de voltar à faixa do acesso. Para reviver a honra de ser uma dos quatro primeiros, tem que vencer o Athletic no sábado à noite.
* Melhor ainda para o Leão se o Novorizontino perder amanhã para o Amazonas. Caso contrário, os azulinos terão que torcer no domingo por empate entre Goiás x Chapecoense ou derrota do Criciúma para o Avaí. Na melhor das hipóteses, o Leão pode virar vice-líder do campeonato.
* O Paysandu, na sua ridícula campanha, fechou apenas três das 32 rodadas fora da zona do rebaixamento. É recordista com 16 derrotas no campeonato. E para o jogo da próxima segunda-feira, em Araraquara, contra a Ferroviária, não vai contar com Marlon, suspenso por cartões amarelos, nem com Diogo Oliveira e Bryan Borges, lesionados.
* O realinhamento entre receitas e despesas já está começando no Paysandu, pelo encurtamento de verbas para a próxima temporada, dentro da realidade da Série C. Vai ser um processo doloroso no clube, agravado pelas dívidas já contabilizadas e outras que irão pipocar.
* Jogadores contratados por Marcos Braz que não rendiam com Antônio Oliveira, agora são destaques no time de Guto Ferreira. São bem os casos de Kayky Almeida, Tassano, Nathan Camargo, Nico Ferreira e Diego Hernandez. Ao contrário, Nathan Santos perdeu espaço. Alívio para Marcos Braz, depois de ele mesmo ter passado do ponto na insistência com o técnico português.
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