Já imaginou um menu inteiro com mandioca? Thiago Castanho sim
É no encontro das ruas Ângelo Custódio e Veiga Cabral que Thiago Castanho achou a Villa Loriga, uma construção colonial do inicio do século 20, de fachada amarelo clarinho, onde abriu sua mais nova empreitada gastronômica em Belém: o Puba, nome que significa "mandioca fermentada", portanto, o ingrediente protagonista do cardápio, presente em diversos preparos, da entrada à sobremesa.
Em especial neste momento em que os olhos do mundo estão voltados para a Amazônia - no âmbito da COP 30, conferência do clima do ONU -, Castanho se enche de orgulho ao servir homus de feijão manteiguinha (feijão Santarém) com furikake de tapioca e pasta de amendoim (R$ 36); atum cru no tucupi (R$ 65); bao de maniçoba; tortilla de mandioca recheada de porco ou berinjela (R$ 36) e filé de tucunaré no curry verde com leite de coco e cuscuz de farinha d’água (R$ 89).
A cozinha é aberta e diminuta, dividindo o balcão com o bar de onde saem coquetéis que também privilegiam a mandioca: jambu Martini, com gim infusionado com jambu (R$ 42) ou então tiquira smash com o destilado de mandioca, vermute e hortelã (R$ 46).
O pão é de maniva (folha da mandioca) da marca Nauta (nome da avó), feito pelo irmão de Thiago, Felipe Castanho. E a única sobremesa da é o bolo de mandioca cremoso com bacuri, calda de chocolate branco e farinha de tapioca caramelada.
Não chega a cem o número de lugares no salão simpático, cortado por uma escada que leva ao mezanino de onde se avista o telhado que lembra um sobrado. Um charme!
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