
Investimento em pesquisa científica no MS aumentou 720% em oito anos
O investimento público em pesquisa em Mato Grosso do Sul cresceu mais de 720% em oito anos. Os números, divulgados pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia), mostram que o Estado passou de R$ 9 milhões para R$ 74 milhões aplicados anualmente em bolsas e projetos científicos. Conforme levantamento da fundação, foram investidos R$ 9 milhões em 2017, R$ 35 milhões em 2020, R$ 74 milhões em 2024 e há previsão de alcançar R$ 78 milhões em 2025. O levantamento foi apresentado na quarta-feira (16), data em que se comemora o Dia Nacional da Ciência e Tecnologia. Entre 2017 e 2025, a Fundect concedeu mais de 5 mil bolsas, sendo 3.128 de iniciação científica, 900 de mestrado, 886 de doutorado e 128 de pós-doutorado. No mesmo período, foram 1.538 projetos financiados, que totalizam R$ 240 milhões em investimentos diretos nas universidades e institutos de ensino do Estado. Desse total, foram R$ 55 milhões em bolsas e R$ 185,4 milhões em projetos. A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) lidera o ranking de recursos recebidos, com R$ 25,3 milhões em bolsas e R$ 85,2 milhões em projetos. A seguir, aparecem a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), com R$ 52,2 milhões; a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), com R$ 36,8 milhões; e a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), com R$ 25,5 milhões em recursos. O IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) e a Uniderp também figuram entre as instituições contempladas, somando R$ 9 milhões em bolsas e projetos. Segundo o diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira, o avanço é resultado da continuidade dos investimentos e da integração entre universidades, governo e setor produtivo. “É um orgulho ver o quanto a Fundect tem auxiliado o Estado em seu desenvolvimento. O crescimento comprova que os recursos destinados à fundação se consolidaram como um dos principais instrumentos de fomento à ciência e tecnologia em Mato Grosso do Sul”, afirma. Projetos – Entre os projetos financiados está a pesquisa da UEMS voltada à atenção multiprofissional a mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos, coordenada pelo professor Antônio José Grande. “O objetivo é reduzir complicações decorrentes da síndrome e melhorar a qualidade de vida das mulheres atendidas, com um serviço acessível e humanizado”, explica. Outro exemplo é o “Mídia Ciência”, iniciativa também da UEMS que busca popularizar a ciência por meio da divulgação científica em produtos midiáticos. “Queremos mostrar a fundo a ciência feita aqui no Estado e dar mais visibilidade a ela usando as ferramentas digitais”, comenta o coordenador André Mazini. Na UFMS, a reitora Camila Ítavo explica que os recursos da Fundect ajudaram a ampliar as oportunidades para estudantes e pesquisadores em diversas áreas. “As bolsas e projetos apoiados impactam diretamente o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado. Destaco também a parceria entre a UFMS, o Governo e empresas por meio da Unidade Embrapii Agrotec, que tem fortalecido a economia sul-mato-grossense”. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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