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Fotógrafo captura encontro raro entre cometa e estrela cadente no céu da Itália; vídeo

31/10/2025 06:00 O Globo - Rio/Política RJ

Um registro feito pelo astrofísico e fotógrafo italiano Gianluca Masi capturou um dos fenômenos mais impressionantes dos últimos meses: o momento em que o cometa Lemmon parece cruzar o céu entrelaçado ao rastro luminoso de uma estrela cadente. A cena foi registrada na noite de sexta-feira (24), em Manciano, na região da Toscana, e rapidamente chamou a atenção da comunidade científica e de observadores do céu.
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Embora as imagens sugiram um encontro no espaço, os corpos celestes estavam separados por milhões de quilômetros. O meteoro cruzava a atmosfera terrestre, enquanto o cometa Lemmon — identificado oficialmente como C/2025 A6 (Lemmon) — passava a cerca de 100 milhões de quilômetros de distância. O rastro de luz deixado pelo meteoro, no entanto, criou o que Masi descreveu como “um verdadeiro milagre de perspectiva”.
Assista:
“O brilho residual do meteoro parece se enrolar ao redor da cauda iônica do cometa”, escreveu Masi, fundador do Projeto Telescópio Virtual, ao compartilhar a foto nas redes sociais. Segundo ele, o registro só foi possível graças à coincidência de alinhamento entre o campo de visão e o instante exato da passagem do meteoro.
De acordo com a Nasa, meteoros podem se deslocar a mais de 160 mil km/h, e seus rastros luminosos — compostos por partículas ionizadas — podem permanecer visíveis por vários minutos. Durante esse tempo, os ventos em diferentes altitudes da atmosfera moldam os rastros em formas sinuosas e efêmeras, como as vistas na imagem feita na Itália.
O cometa Lemmon é um dos três atualmente visíveis no Sistema Solar, ao lado do R2 (SWAN) e do 3I/ATLAS. De acordo com os astrônomos, ele é o mais brilhante do trio, com uma cauda azulada formada por gases ionizados liberados da superfície e impulsionados pelo vento solar. O fenômeno tornou possível observá-lo até mesmo com telescópios simples ou binóculos, especialmente após o dia 21 de outubro, quando se aproximou da Terra.
Além do efeito visual do cometa, Masi observou um espiral dourado ao redor da imagem. O brilho, segundo ele, resultou da ionização do oxigênio molecular na atmosfera terrestre causada pela passagem ultrarrápida do meteoro. “Esse processo é seguido por uma recombinação das partículas, o que gera a emissão de luz naquele comprimento de onda”, explicou o astrofísico.

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