Dia de Finados: 6 orientações de como ajudar uma criança a viver o luto, segundo psicólogos
O Dia de Finados é marcado pela lembrança de quem já se foi. Para algumas pessoas, a data traz memórias tristes, enquanto para outras, este é um período de relembrar momentos bons de quem partiu. Quando se perde alguém querido, os adultos costumam ficar muito mal. Mas e as crianças, como ficam?
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De acordo com especialistas, quanto mais idade a pessoa tem, mais ela sente a perda e vive o luto. Por isso, as crianças tendem a sofrer menos que os adultos, mas tudo depende de quão próximo o pequeno era de quem partiu.
— As crianças vivem o luto sim, mas elas elaboram de uma maneira diferente dos adultos. Enquanto os mais velhos enxergam a ausência como permanente, a criança vê a ausência como algo que pode ser passageiro — diz Ellen Moraes Senra, psicóloga e especialista em terapia cognitivo-comportamental.
É missão dos adultos ajudar as crianças a viverem o luto da maneira mais saudável possível. Os pequenos normalmente apresentam muita instabilidade emocional assim que a perda acontece. Em um momento podem estar muito tristes e em outro já estarem brincando felizes.
— Às vezes essas reações não são bem compreendidas, pode-se pensar que a criança não está experimentando o luto ou que já o concluiu, quando na verdade a criança ainda precisa de muito apoio e oportunidades para expressar seus sentimentos — alerta a psicóloga Thalita Martignoni.
De acordo com a Thalita, a criança pode ficar mais agressiva e se irritar por qualquer motivo. É muito comum que as crianças menores regridam a estágios anteriores do desenvolvimento, como voltar a fazer xixi na cama e falar de forma mais infantilizada.
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— Se a tristeza pela perda começa a afetar muito o rendimento escolar ou as crianças deixam de fazer atividades que antes lhes davam prazer, pode ser sinal de problema. Nestes casos, a ajuda profissional pode ser indicada — afirma a psicóloga Livia Marques.
Como ajudar
Como contar sobre a morte: é importante contar a verdade para a criança, ajustando o conteúdo para a linguagem dela. Não precisa contar todos os detalhes, pois eles podem traumatizar o pequeno. Evite mentir. Muitas pessoas dizem que a pessoa que morreu virou uma estrelinha ou um anjo;
Coloque-se à disposição: a criança pode ter várias dúvidas após a morte de uma pessoa querida. Coloque-se à disposição para tirar estas dúvidas;
Acolha a criança Nos momentos de tristeza, que são normais, acolha a criança. Apesar de ser pequena, ela entende o que está acontecendo e merece ter sua dor reconhecida;
Demonstre seus sentimentos: a criança costuma vivenciar o luto imitando o comportamento de quem está a sua volta. Portanto, demonstre seus sentimentos, não fique com vergonha de chorar na frente da criança. Assim, ela vai saber que pode chorar também e não ser julgada por isso;
Entenda o comportamento: a mudança de comportamento é normal. A criança pode ficar mais irritada, mais quieta e pode voltar a fazer coisas que não faz mais. Ela pdoe também não querer desgrudar dos cuidadores, com medo de que eles morram também. Converse com calma e muito amor e deixe claro que as coisas vão melhorar;
Volte à rotina: uma criança precisa de rotina. Nos primeiros dias após a perda, é comum que ela não queira ir para a escola. Mas não deixe que ela fique muito tempo fora do colégio e das outras atividades que ela costumava fazer. Voltar para a rotina vai dá-la a sensação de segurança de que tudo vai dar certo.
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