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De volta a Lima: como Arrascaeta, Bruno Henrique, Filipe Luís e Rodrigo Caio chegam a nova final de Libertadores pelo Flamengo

30/10/2025 21:48 O Globo - Rio/Política RJ

O momento histórico que o Flamengo vive na Libertadores, com a chegada à quarta final nas últimas sete temporadas, passa diretamente pela continuidade de ídolos que estão no grupo desde 2019. Contando com Arrascaeta e Bruno Henrique, dupla ainda em atividade, e Filipe Luís e Rodrigo Caio, aposentados dos gramados mas hoje integrantes da comissão técnica, o rubro-negro volta à mesma cidade de Lima (Peru) na qual fez história há seis anos.
Na primeira final em jogo único disputada na competição continental, o Flamengo venceu o River Plate por 2 a 1, de virada, com dois gols de Gabigol. Arrascaeta e Bruno Henrique, inclusive, construíram a jogada do primeiro lance. Já Filipe e Rodrigo compunham a linha de defesa titular. Todos foram contratados exatamente naquela temporada e representaram uma guinada na história rubro-negra.
— Estamos extremamente felizes por alcançar mais uma final de Libertadores. Quinta final da história do Flamengo, e tem jogadores desse elenco que vão jogar a quarta. Eu também. Três como jogador e uma como treinador. Me deixa muito orgulhoso. Pessoas que realmente fazem tudo pelo Flamengo. Quando cheguei aqui, em 2019, o Flamengo tinha uma final. Sozinho, não fiz nada. Mas fiz parte desse processo que começou lá em 2012, 2013, e que nos permite disputar mais uma final — disse o treinador Filipe Luís em coletiva.
Nos anos seguintes, o Flamengo retornou à final em 2021, quando perdeu para o Palmeiras, e em 2022, quando bateu o Athletico-PR. Agora, o clube tenta se tornar o primeiro tetracampeão brasileiro da Libertadores em todos os tempos — o primeiro título foi em 1981.
Dupla recordista
Aos 31 anos, Arrascaeta se tornou a referência do grupo, principalmente após a saída de Gabigol. Atualmente, veste a camisa 10 e usa a faixa de capitão, e tem sido mais do que o seu passado recente. Esta temporada é a mais artilheira de sua carreira, com 20 gols e 15 assistências em 54 jogos, além de ter superado a marca redonda de 300 partidas e 100 passes para gol.
Em campo, conseguiu superar alguns problemas físicos e se tornou um jogador que atua mais próximo à área, onde se preserva e demonstra o faro decisivo em muitos jogos. Soma-se a isso o papel mais aflorado de líder no vestiário. Até mesmo na seleção uruguaia, passou a receber elogios pelo ajuste de perfil.
Já Bruno Henrique pode não viver exatamente a melhor temporada, com nove gols e duas assistências em 50 jogos, mas segue sendo muito acionado por Filipe Luís e é um dos líderes do elenco. Em 2025, o atacante de 34 anos superou a marca de 300 partidas e 100 bolas na rede, mesmo que encare contestações recentes por não estar jogando bem de centroavante.
O camisa 27 passou por alguns percalços, como uma grave lesão no joelho direito em 2022 e o julgamento que encara no STJD por manipulação de resultados. Mesmo assim, nunca deixou de participar de momentos decisivos e ser ovacionado pela torcida, com quem apresenta forte identificação.
Juntos, Arrascaeta e Bruno Henrique são os jogadores com mais títulos na história do Flamengo: 15. A marca ainda pode ser ampliada nesta temporada, já que, além da Libertadores, o rubro-negro também briga pelo título do Brasileirão.
Professores
Filipe Luís se aposentou no final de 2023, com dez títulos conquistados e uma passagem de sucesso ao longo de cinco temporadas, após ter longa carreira no futebol europeu e na seleção brasileira. Um ex-lateral-esquerdo sempre considerado muito cerebral em campo, conviveu durante anos com a sugestão de que deveria se tornar técnico. A sucessão de carreira não demorou nem um pouco.
No início de 2024, Filipe assumiu o sub-17 do Flamengo, e no meio do ano já estava no sub-20, onde foi campeão mundial. A chegada relâmpago ao profissional foi oficializada no fim de setembro, quando Tite foi demitido. O que era para ser um período como interino virou um trabalho de mais de um ano e três títulos para o currículo: Copa do Brasil, Supercopa do Brasil e Campeonato Carioca. Apesar de ainda conviver com muitos questionamentos por seu um técnico de 40 anos em seu primeiro trabalho profissional, os resultados iniciam o tornam um dos mais promissores do país.
Rodrigo Caio saiu do Flamengo junto de Filipe Luís, e a dupla teve uma despedida conjunta no Maracanã. O zagueiro ainda tentou dar sequência na carreira, com direito a uma passagem breve pelo Grêmio em 2024. Porém, a condição física não permitiu ir longe. Mesmo sendo titular absoluto sempre que esteve em forma para jogar, por ser um defensor muito técnico e aguerrido, conviveu por diversos problemas que já o acompanhavam desde antes da chegada ao Flamengo.
Em maio deste ano, ele protagonizou um surpreendente retorno ao clube, na posição de auxiliar técnico permanente, logo após um dos integrantes da comissão de Filipe ter sido desligado. O ex-zagueiro de 32 anos tem licença B da CBF e foi um pedido do treinador para ter alguém com "vivência de vestiário". Ele já foi elogiado pela solidez defensiva que tem ajudado o rubro-negro a const

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