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De Madonna a Bob Dylan: estrelas da música que também deixaram sua marca no cinema

09/11/2025 03:30 O Globo - Rio/Política RJ

Não se trata apenas de breves participações especiais ou aparições no cinema. Os músicos que exploraram o cinema assumiram papéis decisivos: escolheram como contar suas histórias, escreveram roteiros complexos e dirigiram equipes de produção inteiras, além de atuar. Essa imersão total na sétima arte revela artistas que se recusaram a simplesmente compor trilhas sonoras ou posar diante das câmeras. Em vez disso, assumiram o controle criativo absoluto, determinando cada fotograma, cada linha de diálogo e cada decisão estética. De Frank Zappa a Lady Gaga, passando por Bob Dylan e Barbra Streisand, esses músicos demonstraram que seu talento artístico transcende gêneros e disciplinas.
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A realeza do rock e suas primeiras incursões
Elvis Presley construiu um império cinematográfico com 31 produções realizadas entre 1956 e 1969. O Rei transformou cada projeto em uma plataforma musical, embora sua filmografia também inclua obras dramáticas como "Wild in the country" ("Coração rebelde"). Títulos repletos de números musicais, como "Jailhouse Rock" ("Os prisioneiros do rock and roll") e "Blue Hawaii" ("Feitiço havaiano"), permanecem favoritos indiscutíveis de seus fãs.
Elvis Presley no filme "Feitiço havaiano": um ds precursores na aliança da música com o cinema
Reprodução
A banda mais influente de todos os tempos, os Beatles, produziu cinco longas-metragens cujos títulos coincidiram com os de seus álbuns. Seu primeiro trabalho, "A hard day’s night" (1964), capturou um dia típico na vida do quarteto com um estilo de comédia em preto e branco, incorporando elementos de intriga policial e performances que destacaram o talento de Ringo Starr como ator. A coleção culminou com "Yellow submarine", uma aventura psicodélica animada, além do documentário "Let it be".
The Who, Pink Floyd e filmes de ópera rock
A lendária banda britânica The Who estrelou a adaptação cinematográfica de 1975 de sua aclamada ópera rock "Tommy", dirigida por Ken Russell. Roger Daltrey, vocalista e membro fundador do The Who, interpretou o protagonista, um garoto que sofre um trauma psicossomático após testemunhar o assassinato de seu pai pelas mãos do amante de sua mãe, ficando surdo, mudo e cego. A história acompanha sua transformação em um campeão mundial de pinball e, posteriormente, no líder de um culto religioso.
Roger Daltrey na cultuada ópera-rock 'Tommy', do The Who
Reprodução
A produção contou com um elenco extraordinário, incluindo Ann-Margret — que ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz e foi indicada ao Oscar — Oliver Reed, Jack Nicholson, Tina Turner, Eric Clapton e Elton John. Pete Townshend, principal compositor do The Who, recebeu uma indicação ao Oscar por seu trabalho na adaptação musical e orquestração. O filme, apresentado fora de competição no Festival de Cannes de 1975, arrecadou US$ 27 milhões somente nos Estados Unidos e se tornou o filme mais popular de Russell, consolidando seu status como cineasta iconoclasta e visionário.
O Pink Floyd explorou um território semelhante em 1982 com "The wall", dirigido por Alan Parker, mas com roteiro de Roger Waters, baixista e vocalista da banda. Baseado no álbum homônimo de 1979, o filme conta a história de Pink, uma estrela do rock que constrói uma barreira psicológica de isolamento social. Metafórico e rico em simbolismo, o filme contém poucos diálogos e se baseia principalmente nas canções do Pink Floyd, além de quinze minutos de elaboradas sequências de animação criadas por Gerald Scarfe. Bob Geldof, da banda The Boomtown Rats, interpretou o papel principal, originalmente destinado ao próprio Waters.
A produção foi turbulenta, com conflitos constantes entre Parker, Waters e Scarfe, mas tornou-se um filme cult e um sucesso comercial inesperado, ganhando dois prêmios BAFTA.
Frank Zappa e a vanguarda experimental
Frank Zappa foi um dos artistas mais multifacetados do século XX. Músico, compositor, produtor, guitarrista, ator, artista visual e cineasta, sua carreira musical de trinta anos foi caracterizada por uma transição fluida entre gêneros, incluindo jazz, rock, fusion, música orquestral e música concreta.
Em 1971, Zappa escreveu e dirigiu "200 motels", um filme musical surreal que tentava retratar a instabilidade e a loucura da vida na estrada como uma estrela do rock. O filme incluía inúmeras vinhetas absurdas intercaladas com imagens de shows do The Mothers of Invention, e a maioria de suas cenas apresentava efeitos especiais e mudanças de velocidade. Apesar de um elenco repleto de estrelas, incluindo Ringo Starr, Keith Moon e o próprio Zappa, o filme recebeu críticas mistas.
Ringo Starr fez o papel de Frank Zappa no filme '200 motels'
Divulgação/Alamy
Bob Dylan e o fracasso de uma ambição
Bob Dylan também explorou outras disciplinas artísticas, como artes visuais, lit

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