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Bairros de São Luís estão sem água há mais de 15 dias

28/10/2025 21:26 Imirante - Política

<p>[media :type="fotolegenda" :ref="806294" :title="Bairros de São Luís estão sem água há mais de 15 dias. (Foto: Reprodução/ TV)" /]</p><p><a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://imirante.com/sao-luis"><strong>SÃO LUÍS </strong></a>- Moradores de diversos bairros de São Luís estão sem água há mais de 15 dias. A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) afirma que o racionamento acontece por causa da queda no nível do rio Itapecuru e de falhas no sistema de captação do Italuís.</p><p>O Sistema Italuís abastece 16 bairros da capital maranhense. A crise hídrica tem provocado revolta entre os moradores. Quem pode compra água de caminhões-pipa; quem não pode, conta com a solidariedade dos vizinhos.</p><p>Na Vila Palmeira, a família de Dalriava Cunha enfrenta dias difíceis. Há mais de duas semanas sem água nas torneiras, ela precisa guardar o pouco que consegue em baldes.</p><p><i>“Isso é um absurdo, a gente ficar sem água, sendo que a gente paga nossas contas em dia”, reclama moradora.</i></p><p>Na Avenida Almirante Tamandaré, a situação é ainda pior. Em algumas casas, a água não chega há mais de duas semanas; em outras, o problema já dura seis meses. Na oficina de seu Benedito, a caixa d’água está vazia, e ele conta com a ajuda dos vizinhos.</p><p>“Muita dificuldade para pegar água. Às vezes, vem pouca, principalmente aqui na parte mais alta”, contou.</p><p>Mesmo sem água, as contas seguem chegando. Moradores afirmam que já reclamaram diversas vezes à Caema, mas o problema continua.</p><p>“Já reclamei tanto pelo telefone como presencialmente. Estive lá na semana passada. Disseram que está havendo racionamento”, relatou uma moradora.</p><p>No Parque Pindorama, o problema é antigo. Há 20 anos, a moradora Cacilda convive com a falta d’água. Neste mês, ela gastou R$ 400 com um caminhão-pipa para abastecer a casa.</p><p>“Não é racionamento, como a Caema fala. O que temos é falta d’água. Esse problema é crônico, o ano todo. A gente tem água um dia sim, outro não”, disse.</p><p>A escassez de água também atinge instituições religiosas. Em um convento de São Luís, as freiras decidiram colocar o imóvel à venda por causa do problema.</p><p>“Há 19 anos nunca tivemos água durante o dia. É muito incômodo. A gente só consegue colocar água à noite”, contou uma das irmãs.</p><p>“Esse racionamento é constante, porque não vem água todo dia. Vivemos a mesma realidade que o povo”, afirmou.</p><p>Segundo especialistas em saneamento ambiental, cerca de 60% da água tratada pela Caema se perde antes de chegar às residências. A estiagem prolongada e a falta de investimentos em infraestrutura agravam a crise hídrica na capital.</p><h2><strong>Caema promete normalizar abastecimento até sexta-feira (31)</strong></h2><p>O presidente da<strong> Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema)</strong>,<strong> </strong>Marcos Aurélio Freitas, disse que o abastecimento de água deve ser normalizado até sexta-feira (31). Segundo ele, o problema foi provocado por falhas em bombas do sistema Italuís e por obras da Prefeitura de São Luís na região do Sacavém, que danificaram parte da tubulação antiga de amianto.</p><p>Freitas explicou que a Caema enfrentou dois problemas ao mesmo tempo: um defeito em bombas do sistema Italuís e a troca de redes antigas feita pela prefeitura. Segundo ele, essas intervenções provocaram interrupções e oscilações no abastecimento.</p><p>“Esses dois fenômenos juntos trouxeram o problema que estamos enfrentando agora”, afirmou.</p><p>O presidente lembrou que o sistema Italuís foi construído há mais de 40 anos e hoje opera com estrutura ultrapassada. Ele reconheceu que a rede não comporta mais o volume de água planejado no projeto original.</p><p><i>“As tubulações já estão antigas e não conseguem usar toda a vazão possível”, disse o presidente.</i></p>

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