Autor de gol no Bahia relata perseguição: "Ameaçam minha família"
A noite do Bahia não foi muito feliz no Morumbis pela 30ª rodada do Brasileirão, mas foi sem dúvidas marcante para um são paulino específico - Luciano. Marcando no gol de Ronaldo, o atacante chegou a 100 gols pelo São Paulo no último sábado, 25, coroando a performance com uma assistência na vitória por 2 a 0. Agora, Luciano faz parte do seleto grupo de 20 jogadores que chegaram aos 100 gols pelo São Paulo, e aproveitou o feito para fazer um desabafo frente aos torcedores do Tricolor Paulista.
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"Eu acho que tem torcedores que pegam muito pesado. Eu prefiro mil vezes que eles venham até mim e me critiquem do que eles ameaçarem. Tem torcedores do São Paulo que ameaçam minha família, ameaçam minha esposa, falam da minha filha, falam que sabem onde eu moro", relatou. "Então, isso toca um lado pessoal. Isso não é legal, porque, às vezes, minha esposa fica com medo. E como é que vou sair para trabalhar com a minha esposa com medo? Eu tenho duas filhas que são tudo para mim. Então acho que sou muito cobrado nessas coisas", disse. Luciano também mandou um recado direto para os críticos. "O torcedor tem que entender que aqui no clube não tem só o Luciano, o Luciano está aqui para ajudar, mas muitas vezes não vou conseguir ajudar", afirmou. "Eu enfrento qualquer um pelo São Paulo. Tenho 100 gols aqui e muita gente desconfia do meu trabalho. O torcedor que não gosta de mim uma hora vai ter que gostar", garantiu. A fase do atacante tem sido de altos e baixos. Depois de perder chances importantes na eliminação para a LDU, na Libertadores, ele chegou a começar jogos no banco, como contra o Mirassol. Mesmo assim, diz que nunca deixou de se dedicar. "Eu acho que quando o torcedor me critica, vejo que posso melhorar. Não tem aquele jogador perfeito, a não ser Cristiano Ronaldo, Messi e Neymar. Não vou falar de outros jogadores que poderiam estar nos ajudando", comparou. "Vou falar de mim. Sou um jogador que me cuido. Se tenho uma lesão, algum probleminha, eu não saio do jogo, eu fico no jogo. Então, eu acho que tem torcedor que pega muito pesado", completou.O camisa 10 ainda destacou o peso de vestir a camisa tricolor e valorizou o apoio da torcida, mesmo nas cobranças. "Torcedor tem direito de cobrar, de vaiar, de fazer o que quiser, porque eles pagam a entrada, enfrentam dificuldades para vir aqui", reconheceu. "Quando o resultado não vem, eles tem esse direito. São 95 anos de história do maior clube do mundo, entrar no top 20 de jogadores que atingiram 100 gols mostra que eu trabalho bem, que mesmo quando as coisas não acontecem, eu estou aqui. Vestir a camisa do São Paulo é muito dificil, mas estou muito feliz", finalizou.
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