Após operação no Rio, PT pressiona Lula pela criação de Ministério
Atualmente com 38 ministérios, o Planalto pode ganhar uma nova pasta, a partir de 2027, caso Lula (PT) seja reconduzido a um novo mandato após a eleição de 2026. E a pressão para esse 39º órgão está vindo de dentro do próprio partido.Diante da megaoperação que resultou em mais de 120 mortos no Rio de Janeiro, no último dia 28 de outubro, uma ala petista vem defendendo a criação do Ministério da Segurança Pública.A pasta foi criada de maneira extraordinária em 2018, durante a gestão do ex-presidente Michel Temer e teve como único comandante Raul Jungmann — depois, o Ministério foi incorporado pela "Justiça".A pressão na base petista deve ser reforçada em um seminário sobre o tema que a legenda vai promover nos dias 1º e 2 de dezembro no Rio de Janeiro."Eu defendo que temos de criar, não dá para um tema que fica atrás apenas da saúde em importância para as pessoas, segundo as pesquisas, não ter um ministério próprio", diz o presidente do partido, Edinho Silva.
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O Ministério da Segurança Pública foi promessa de campanha de Lula em 2022, mas nunca colocado em prática, sobretudo por causa da resistência dos dois ministros da Justiça do atual governo: Flávio Dino e Ricardo Lewandowski.Ambos exigiram, segundo a Folha, que a área fosse unificada com a da Justiça para aceitarem o cargo. Contudo, a perspectiva de Lewandowski sair ao final do atual governo faz com que o empecilho desapareça.Para Edinho, o fato de o Ministério da Justiça ter "tarefas demais", faz com que a atenção para a Segurança acabe ficando "dispersa"."Acaba que essa área importantíssima fica diluída dentro dos outros temas da Justiça, como imigração, direitos difusos, relação com os demais Poderes, entre outros", diz o presidente do partido.
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