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Análise: sem Lucho e Thiago Silva, Fluminense de Zubeldía escancara fragilidade como visitante em derrota para o Ceará

02/11/2025 21:00 O Globo - Rio/Política RJ

Um Fluminense que tem muito a evoluir fora de casa, mas, ao mesmo tempo, faltam apenas sete jogos para o término do Campeonato Brasileiro. Sob o comando de Luis Zubeldía, a equipe ainda não sabe o que é vencer longe do Maracanã. Com uma atuação para esquecer em meio a desfalques de peso, como Lucho Acosta e Thiago Silva, a equipe foi facilmente batida pelo Ceará, que aproveitou a expulsão de Ignácio no segundo tempo para fazer 2 a 0 ontem, no Castelão.
Se o Fluminense teve amplo domínio da posse de bola no Maracanã, a estratégia foi diferente como visitante. Com uma postura mais defensiva, a equipe apostava nas saídas em velocidade no contra-ataque, mas os erros individuais faziam com que a equipe não criasse oportunidades de perigo. Quando encontravam espaços para acelerar nas pontas, Kevin Serna e Canobbio eram improdutivos ou ficavam sem opção de passe.
Como esperado, o time sentiu bastante falta de Lucho Acosta, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, na armação das jogadas. Sem a qualidade técnica do argentino, Zubeldía não fez tanta questão em ficar com a bola, uma vez que os jogadores no meio-campo — Martinelli, Hércules e Lima — são mais versáteis do que propriamente construtores. O ex-Fortaleza, inclusive, era dúvida para o jogo por ter sido substituído com um desconforto muscular no Rio, mas começou jogando.
Em meio ao "deserto" de ideias no ataque, o tricolor, enfim, chegou com perigo após uma troca rápida de passes perto da entrada da área. John Kennedy ficou cara a cara com o goleiro, se desequilibrou com um toque do adversário em sua canela e pediu pênalti. O árbitro foi chamado ao VAR para analisar o lance, mas viu falta de Serna em Fabiano na origem da jogada.
Além de sequer finalizar no primeiro tempo, o Fluminense deixava a desejar na defesa com a ausência de Thiago Silva, poupado por controle de carga. No lugar do capitão, Ignácio formou a dupla de zaga com Freytes, que caiu de produção nos últimos jogos. Diante de uma marcação "frouxa", Sobral entrou com facilidade na área e cruzou para o meio. A bola desviou no defensor argentino e sobrou para Galeano abrir o placar de cabeça.
Depois de levar seu segundo amarelo seguido no comando tricolor, Zubeldía viu necessidade em fazer três substituições de uma vez na virada do intervalo. Keno, Fuentes e Nonato — que voltou a ser relacionado após quase dois meses — entraram nos lugares de Serna, Renê e Hércules, respectivamente. Com dois chutes ao gol nos primeiros minutos, a equipe parecia ameaçar uma melhora na partida, no entanto, o pior estava por vir.
Pedro Raul aproveitou o buraco na defesa tricolor para receber livre um ótimo lançamento e sofrer falta de Ignácio, que foi expulso por ser o último marcador no lance. Com um jogador a menos, o volante Martinelli desceu para a linha de zaga. Se estava difícil antes, a desvantagem numérica selou praticamente a derrota. Entregue em campo, o Flu ainda viu o camisa 9 contar com outro desvio de Freytes para marcar de fora da área.
Atordoado, o time de Zubeldía chegou a ver Pedro Raul balançar as redes novamente, mas a arbitragem assinalou toque de mão em Lucas Mugni após checagem no VAR.
Em sétimo lugar com 47 pontos e, agora, atrás do rival Botafogo, o Fluminense tem pela frente o Mirassol na quinta-feira, às 19h30, no Maracanã, pelo Brasileiro.

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