
Aeroporto guarda pernas humanas congeladas há 1 ano após impasse
Há um ano, o aeroporto Arturo Merino Benítez, no Chile, recebeu uma carga incomum que ficaria marcada para sempre na história do país: Trinta pernas humanas. Entretanto, por um limbo jurídico, a carga permaneceu no local.A carga, com origem norte-americana, está até hoje no aeroporto, congelada, enquanto aguarda uma decisão definitiva sobre o seu destino, que parece estar cada vez mais próximo. As informações são da coluna Todos A Bordo.Para que serviriam as pernas?As 30 pernas humanas fazem parte de um lote de partes humanas adquiridas e importadas pelo Centro de Entrenamiento Médico Quirúrgico (CEMQ). Elas seriam usadas para treinamento de profissionais de saúde, algo comum em faculdades e centros de pesquisa e estudos.
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Entretanto, a legislação do país proíbe a comercialização de partes de corpos humanos, sendo possível apenas o uso de restos mortais doados para a finalidade de ensino e pesquisa.Destino desconhecidoEm setembro, quando a carga completou um ano parada no aeroporto de Santiago, o CEMQ entrou com novo recurso pedindo a liberação das pernas humanas. Foi alegado durante as idas e vindas na Justiça que os restos mortais são oriundos dos EUA, e seguem um rigoroso controle sanitário.Mesmo com a anuência dos falecidos e de seus familiares, a prática de comercialização não tem regulamentação no Chile, o que impede a entrada dos corpos e partes humanas no país. Decisão recente da suprema corte do país negou o recurso da empresa, que tentou alegar a possibilidade de ingresso do material com a finalidade de estudo e aperfeiçoamento dos médicos por ser lícita a sua atividade econômica.Segundo veículos de imprensa locais, diversas faculdades de medicina se queixam da falta de corpos e partes humanas para serem usadas nas aulas e em pesquisas. Muitas acabam fazendo estudos em modelos anatômicos ou com modelos virtuais em softwares.
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