Secom promove painel sobre Integridade da Informação
Secom promove painel sobre Integridade da Informação.
Pei Fon / Agência Alagoas
“Sem a comunicação honesta, não vamos ter um futuro democrático.” A afirmação do professor Eugênio Bucci marcou o Painel sobre Integridade da Informação, realizado neste sábado (1º) durante a 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas.O debate foi promovido pelo Núcleo de Integridade da Informação da Secretaria de Estado da Comunicação (Secom), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). As informações são da Agência Alagoas.De acordo com o secretário de Estado da Comunicação, Wendel Palhares, o tema reflete um desafio atual: preparar a sociedade para lidar com o volume de informações que circula diariamente.“Temos uma responsabilidade muito grande de preparar a sociedade para a enxurrada de informações que ela recebe da hora que acorda até a hora que vai dormir. Este painel é um espaço de troca sobre comunicação pública e integridade da informação, com a presença de grandes especialistas”, afirmou.O encontro reuniu Eugênio Bucci, professor titular da Escola de Comunicações e Artes da USP; Marco Schneider, pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict); e Myllena Diniz, jornalista e doutoranda do Ibict, colaboradora da plataforma The Conversation Brazil.Bucci destacou o papel da comunicação pública na consolidação da democracia.“Se não tivermos uma sociedade bem informada, educada e atenta aos próprios direitos, não teremos vigor na política nem no regime democrático. A informação verídica não é apenas tarefa dos comunicadores, mas também de quem exerce o poder público”, afirmou.Ele também elogiou ações da Secom voltadas à pesquisa e ao combate à desinformação, como a bolsa de mestrado destinada a estudos sobre o tema.“A integridade da informação é um campo urgente. O avanço da desinformação é uma verdadeira tragédia, e é importante que essa preocupação esteja presente também no Estado, em seu mais alto nível”, completou.O pesquisador Marco Schneider apresentou seu novo livro, “Fascismo Zumbi: mídias sociais, inteligência artificial e desinformação” (Editora Garamond), no qual analisa a relação entre tecnologia, política e cultura.“A desinformação e a inteligência artificial são as histórias de terror do nosso tempo. O termo ‘zumbi’ simboliza bem isso: na cultura brasileira remete à liberdade, mas no imaginário pop representa o morto-vivo — algo que se move sem consciência. É uma metáfora poderosa para entender como a desinformação corrói a sociedade”, explicou.Encerrando o painel, Myllena Diniz reforçou a importância da ciência e da comunicação pública como ferramentas fundamentais no enfrentamento à desinformação e na defesa da democracia.
Fonte original: abrir