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Quem vai ser o campeão? F1 tem temporada das mais acirradas na reta final com Norris, Piastri e Verstappen na disputa

08/11/2025 04:00 O Globo - Rio/Política RJ

A Fórmula 1 chega ao Brasil com a pergunta que paira sob a principal categoria do automobilismo a quatro GPs do fim do campeonato: quem vai ser o campeão mundial de 2025? Impossível dizer. Apenas um ponto de diferença separa os pilotos da McLaren Lando Norris (357) e Oscar Piastri (356), e o tetracampeão Max Verstappen, da Red Bull, com 321, corre por fora em busca do penta. Neste sábado, a corrida sprint promete colocar mais molho na disputa de uma das temporadas mais acirradas da história. Norris larga na pole, com Piastri em terceiro e Verstappen apenas na sexta posição. A Band transmite a prova, às 11h, e o treino de classificação, às 15h.
Com 33 pontos em jogo neste fim de semana — oito ao vencedor da sprint de hoje e 25 a quem cruzar a bandeirada em primeiro lugar no domingo —, o GP de São Paulo pode indicar um favorito ao título nas três corridas que faltarão: Las Vegas, Catar (que também contará com a prova rápida) e Abu Dhabi. Mas não dará certeza de nada, uma vez que ainda restarão mais 83 pontos na disputa.
— Foi um campeonato bem atípico em todos os sentidos. Começou dando a impressão de que ia virar para o Piastri. Era o cara mais forte, mas de repente deu uma reviravolta. Agora parece que o Norris começou a ganhar mais moral, mais motivação. Se fosse apostar em algum, seria no Norris pela sequência de resultados. Mas temos um Verstappen que vai para o tudo ou nada, e ele gosta dessa situação. E a previsão de chuva no fim de semana, vai deixar bem interessante — comenta Felipe Giaffone, comentarista da Band, lembrando que Las Vegas também tende ser mais favorável ao holandês.
Disputa pelo título da F1
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A Fórmula 1 não via a diferença mínima entre os primeiros colocados a quatro corridas restantes desde a temporada de 2008. Naquele ano, Lewis Hamilton, então na McLaren, tinha um ponto a mais que Felipe Massa, da Ferrari — o campeonato contava com menos GPs (18) e a pontuação máxima era de 10 pontos por corrida. O título foi decidido apenas na última corrida, justamente no Brasil, quando o inglês superou o brasileiro por um ponto ao cruzar em quinto lugar e conquistar seu primeiro título.
A atual temporada também pode ter um desfecho semelhante ao de 2010. No mesmo cenário deste ano, Mark Webber, da Red Bull, liderava o Mundial de Pilotos com 11 pontos de vantagem sobre Fernando Alonso, da Ferrari. Sebastian Vettel, também da RBR, era o terceiro a 21 pontos do companheiro de equipe. O alemão conseguiu tirar a diferença nas quatro corridas restantes e se sagrou campeão no GP de Abu Dhabi ao vencer a corrida.
Um final que, para muitos, seria culpa da própria McLaren. Ao deixar seus dois pilotos disputarem livremente o título, a escuderia inglesa estaria permitindo a aproximação de Verstappen — desde o retorno das férias ele tirou mais de 70 pontos de desvantagem. Porém, os chefões da equipe não pretendem escolher um deles nessa reta final, exceto se alguma estratégia específica fizer sentido em determinada corrida. As "Papaya rules", como são conhecidas as regras do time, serão mantidas.
— Quando você está no meu papel, é como ter dois filhos e alguém perguntar: "Qual é o seu preferido?" Mas eles são meus dois filhos. Como posso dizer qual é o preferido? — disse Andrea Stella, chefe de equipe da McLaren, ao podcast Beyond de Grid.
Outros campeonato disputados
Editoria de Arte
Em tese, a atitude da McLaren mantém a disputa aberta até o fim — há sempre o risco de abandonos ou acidentes no meio do caminho que podem tirar um dos pilotos da corrida. Um final como o de 2021seria o sonho dos amantes do automobilismo. Naquela temporada, Verstappen tinha 19 pontos de vantagem sobre Hamilton a quatro GPs do encerramento do campeonato. O inglês venceu três provas seguidas, e ambos chegaram a Abu Dhabi na seguinte situação: quem recebesse a bandeirada, independentemente da posição do outro, seria o campeão.
—Estou torcendo para chegar na última prova e ser parecido com 2021, e ainda com três pilotos. Vamos ver se temos essa sorte. É lógico que, às vezes, basta um resultado bom de um lado e ruim do outro que muda tudo. Mas quem sabe...— espera Giaffone.

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