Montes de concreto no asfalto criam “armadilhas” para motoristas na Capital
Montes de concreto que foram derramados no asfalto e endureceram com a chuva e o passar do tempo têm se tornado novos obstáculos no trânsito de Campo Grande. Espalhado por diferentes vias, o material endurecido obriga motoristas a desviar, aumenta o risco de acidentes e já preocupa quem passa diariamente pelos trechos afetados. O Campo Grande News percorreu três pontos da Capital onde o problema foi identificado. O primeiro fica na Rua Cayova, próximo ao Condomínio Residencial Village, no Jardim Bela Vista. Nesse trecho, o cimento formava uma camada mais fina, acumulada junto ao meio-fio. Já na Rua dos Vendas, perto do cruzamento com a Rua 7 de Setembro, a situação é mais crítica. O concreto não se concentra apenas na calçada e a camada é espessa, formando um pequeno monte. É possível ver marcas deixadas pelas rodas dos carros que passaram sobre o material. Juliana Matos, 33 anos, passa pelo local diariamente a caminho do trabalho. Como utiliza motocicleta, ela evita trafegar sobre o concreto derramado. “De moto eu jogo para o outro lado e sigo, mas esse monte de cimento atrapalha bastante, igual aos buracos. Tá bem grosso, moto não consegue passar por ali. Se não prestar atenção, é perigoso cair”. Outro ponto onde o problema persiste é na Rua Doutor Paulo Machado, em frente ao Shopping Campo Grande, no bairro Santa Fé. O acúmulo de concreto no asfalto é antigo. No entanto, um novo derramamento ocorreu no dia 29 de setembro, após um acidente que deixou um Kwid tombado. Na ocasião, o caminhão-betoneira não se envolveu na colisão, mas perdeu força na subida e desceu de ré, espalhando cimento pela via. Na manhã de hoje, foi possível observar que o material derramado naquele dia foi removido, mas o concreto mais antigo permanece no local. Silvana Gonçalves, 49 anos, trabalha próxima à via e afirma que o acúmulo de cimento prejudica o fluxo na região. “Atrapalha bastante, porque o fluxo é muito grande. Se todo mundo que for passando e for deixando cair cimento, vai virar um caos”. Para o empresário Valdecir Ramos, 60 anos, a situação exige fiscalização. “O poder público tem de fiscalizar. Nesse caso, em que derramaram concreto, trata-se de uma ocorrência efetiva. A empresa veio, sujou a cidade e causou um problema: o concreto caiu; o carro deslizou e pode causar um acidente. O poder público simplesmente fica de braços cruzados e essa empresa não é penalizada, abrindo caminho para que outras façam isso também.” A reportagem buscou a Prefeitura de Campo Grande para verificar se há limpeza prevista e verificar se houve alguma punição aos responsáveis, mas até o momento não houve retorno. O espaço segue aberto. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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