Infogripe: casos de SRAG recuam no país, mas vacinação ainda é essencial
<p>[media :type="fotolegenda" :ref="808315" :title="O boletim também destaca que o rinovírus permanece como a principal causa de hospitalizações por SRAG entre crianças e adolescentes de até 14 anos no país. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)" /]</p><p>BRASIL - O novo <a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://agencia.fiocruz.br/sites/agencia.fiocruz.br/files/Resumo_InfoGripe_2025_47.pdf">Boletim InfoGripe</a>, divulgado nesta sexta-feira (28) pela <a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://fiocruz.br/">Fundação Oswaldo Cruz</a> (Fiocruz), reforça a importância da vacinação, embora os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentem sinais de queda, tanto nas tendências de curto quanto de longo prazo no âmbito nacional. Segundo o relatório, manter a imunização em dia é crucial para conter a circulação dos principais vírus responsáveis pela SRAG, como o influenza e o Sars-CoV-2, causador da Covid-19.</p><p>O relatório mostra ainda que as hospitalizações por influenza A continuam avançando no Espírito Santo e na Bahia, enquanto já há indícios de desaceleração ou início de queda em São Paulo e Rio de Janeiro.</p><h2>SRAG em crianças e adolescentes</h2><p>O boletim também destaca que o rinovírus permanece como a principal causa de hospitalizações por SRAG entre crianças e adolescentes de até 14 anos no país. Há ainda um leve aumento das notificações associadas ao metapneumovírus em crianças de até dois anos.</p><p>Embora os casos graves de influenza A tenham diminuído significativamente no Centro-Oeste e apresentem sinais de queda ou estabilização em parte do Sudeste — como em São Paulo e no Rio de Janeiro —, o vírus ainda é a principal causa de SRAG entre jovens e adultos de 15 a 49 anos. Entre os idosos, ele continua sendo uma das principais causas de hospitalização, ao lado da Covid-19.</p><p>Em nota, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenadora do InfoGripe, Tatiana Portella, explica que o aumento de casos no Pará se concentra em crianças de 2 a 4 anos e em idosos acima de 65 anos. “Nas crianças, esse crescimento tem sido impulsionado pelo rinovírus e adenovírus. Já nos idosos, ainda não há dados laboratoriais suficientes para identificar qual vírus tem impulsionado esse aumento”, destaca.</p><h2>Estados e capitais</h2><p>Oito estados apresentam níveis de incidência de SRAG classificados como alerta, risco ou alto risco, embora sem tendência de crescimento no longo prazo: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.</p><p>Entre as capitais, apenas Aracaju (SE), Cuiabá (MT) e Vitória (ES) registram níveis de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco.</p><h2>Casos e óbitos</h2><p>Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, entre os casos positivos de SRAG, a prevalência foi de:</p><ul><li><strong>37,1%</strong> – rinovírus</li><li><strong>26% </strong>– influenza A</li><li><strong>14,4% </strong>– Covid-19</li><li><strong>5,5%</strong> – vírus sincicial respiratório (VSR)</li><li><strong>2,3%</strong> – influenza B</li></ul><p>Entre os óbitos confirmados no período, os números indicam:</p><ul><li><strong>40,3% </strong>– Covid-19</li><li><strong>30,3%</strong> – influenza A</li><li><strong>12,9%</strong> – rinovírus</li><li><strong>4%</strong> – VSR</li><li><strong>2%</strong> – influenza B</li></ul><p>O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 22 de novembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 47. Confira outros detalhes no <a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://agencia.fiocruz.br/infogripe-expansao-de-casos-de-srag-pode-ser-evitada-pela-vacinacao">link</a>.</p>
Fonte original: abrir