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Em dia de despedida, William Bonner fala sobre peso do JN: 'Quando seu sobrenome é Jornal Nacional, as coisas acontecem'

01/11/2025 15:27 O Globo - Rio/Política RJ

Nesta sexta-feira (31), William Bonner se despediu da banca do Jornal Nacional após 29 anos dando boa-noite aos brasileiros. No início de setembro, foi anunciado que ele deixaria a apresentação do telejornal (que dividia com Renata Vasconcellos) e também o cargo de editor-chefe, que ocupava há 26 anos. A partir de segunda-feira, 3 de novembro, César Tralli assume a bancada do JN. Já a edição do telejornal passará às mãos de Cristiana Sousa Cruz, que atuava como editora-adjunta. Bonner, por sua vez, fará parceria, em 2026, com Sandra Annenberg na apresentação do Globo Repórter.
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Lançado em 1969, o JN alcança, em média, 30 milhões de pessoas por dia, o que representa cerca de 14% da população brasileira. É um dos maiores telejornais do mundo em termos de audiência, e certamente o mais influente do país. Bonner foi seu apresentador que mais tempo permaneceu na função, à frente até mesmo do lendário Cid Moreira, que foi a cara do JN por 26 anos.
Tralli diz estar ciente da responsabilidade que tem pela frente. Ele se despediu nesta quinta-feira, 30 de outubro, do Jornal Hoje, programa vespertino da Globo que apresentava desde 2021 — em seu lugar, fica Roberto Kovalick, que já assumiu a apresentação do JH nesta sexta.
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Em entrevista ao GLOBO, horas antes do último Jornal Nacional de Bonner, os apresentadores se juntaram para refletir sobre o jornalismo, o papel de um programa como o JN em tempos de fragmentação de notícias (verdadeiras e falsas) nas redes sociais e os desafios impostos por novas tecnologias, como a inteligência artificial.
Bonner falou, inclusive, sobre como o JN conseguiu manter sua relevância e rejeitou que a força das redes sociais e a pluralidade de vozes tenham mudado a relação do telejornal com o poder e os políticos:
— Quando você procura uma autoridade e diz que é para o Jornal Nacional… Quando seu sobrenome é Jornal Nacional, as coisas acontecem. Agora o Tralli vai ser o César Tralli do Jornal Nacional. Antigamente, quando eu procurava alguém, eu dizia “William Bonner, Jornal Nacional”. Quando era mais urgente, eu falava “William Bonner, Jornal Nacional, TV Globo, Rio”. Isso não mudou. Mesmo dentro da TV Globo, o alcance do JN, em comparação aos outros telejornais, é muito maior. Ele não é mais da Globo, é um patrimônio nacional.
Clique aqui para ler a entrevista na íntegra.

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