
Conheça a baiana que sofreu agressão, aprendeu a lutar e chegou ao UFC
Quando Ravena Oliveira fala que "a luta salvou sua vida", não é metáfora.A história de Ravena começou como a de muitas meninas Brasil afora. Crescendo sob os cuidados da mãe e da avó, a pequena nascida em Miguel Calmon, cidade do interior da Bahia, conheceu as maiores dores da vida ainda em casa, e aprendeu a lutar contra todas elas. Morando com o tio, Ravena passou por diversas situações de agressão física, buscando maneiras de defender a si e às que amava. Um dia, passou na televisão um filme de Rocky Balboa, lenda do cinema e do MMA mas, acima de tudo, ídolo da mãe de Ravena.
Leia Também:
Trump comemora aniversário com evento do UFC na Casa Branca
Baiano no UFC: Samuel Sanches brilha com nocaute e fatura contrato
Baiano The Lion perde terceira luta no UFC e pode deixar o torneio
Apesar de não gostar do personagem ou de seus filmes, Ravena conheceu a história de Rocky, que encantou tanto sua mãe que a levou a inscrever a si mesma e à filha em aulas de luta. Juntas, as duas foram aprender a lutar - pela admiração ou pela resistência - e ela nunca mais saiu de lá. "Minha mãe sempre gostou de assistir aos filmes de Rocky Balboa", lembra Ravena. "No início, eu era meio que obrigada a assistir, mas acabei me apaixonando", conta.Foi a própria mãe quem a levou até a primeira academia da cidade, onde ela conheceu o professor Wesley, responsável por apresentá-la ao Muay Thai e ao Jiu-Jitsu. Ainda menina, Ravena precisou insistir para ser aceita, já que, na época, só homens eram aceitos na academia - e foi ali que descobriu a vocação que mudaria seu destino.
Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Ravena Kenoudy (@ravenaoliveiraufc)Ravena encontrou nas artes marciais o caminho que transformaria dor em força, medo em coragem e um destino incerto em propósito. Com o tempo, o sonho se tornou profissão. O Muay Thai e o Jiu-Jitsu abriram as portas, mas não garantiam sustento, o que a levou a migrar para o MMA."Foi quando entrei pra Life Artes Marciais, equipe de Feira de Santana, onde estou até hoje. Desde então, vivo disso", conta. A luta, diz ela, foi abrigo e escudo. "Quando eu treinava, esquecia minha realidade. A luta me libertou de traumas. Eu penso que minha vida tinha tudo pra dar errado, mas Deus colocou as pessoas certas no meu caminho e a luta me salvou. Ela me moldou, me fortaleceu pra ser a Ravena que eu sou hoje", relembra.Foi na luta que Ravena encontrou sua força, tanto interna quanto externa, e nunca mais ficou desamparada. Aos 14 anos, ainda adolescente, o mesmo agressor que a atacava quando criança tentou agredi-la mais uma vez - mas a história passou a ser diferente."Foi quando usei o que aprendi na luta pra me defender. Foi a única vez que usei fora do ringue, mas ali eu percebi o poder que a luta me deu", lembra.
Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Ravena Kenoudy (@ravenaoliveiraufc)Do interior ao maior palco do mundoLutando contra os desafios dentro e fora do ringue, Ravena continuou crescendo nas artes marciais. Alcançando patamares de excelência, a baiana alcançou o Ultimate Fighting Championship,
Fonte original: abrir