Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

Chuva e vendaval atingem Corumbá após mais de dois meses de estiagem

18/10/2025 19:38 Campo Grande News - Política

A chuva chegou a Corumbá na tarde deste sábado (18), acompanhada por ventos de 22 km/h. Com a precipitação, a umidade relativa do ar subiu para 80%, e a temperatura caiu de 35°C para 26°C. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), por volta das 12h foram registrados 16,6 milímetros de chuva. A última precipitação havia sido registrada em 4 de agosto. Além da área urbana de Corumbá, a cerca de 428 quilômetros de Campo Grande, a chuva também atingiu diversas regiões do Pantanal, incluindo a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Acurizal, na Serra do Amolar, uma das áreas mais afetadas pelos incêndios florestais nos últimos dias. A precipitação traz alívio para brigadistas que há semanas enfrentam o fogo em condições extremas. Ao Campo Grande News , o coronel Ângelo Rabelo relatou que a chuva chegou também à região da Nova Dourados. “Passou uma tempestade forte de vento na região do Paraguai Mirim, derrubou casa, na escola Jatobazinho arrancou o telhado também. Tá tipo um tornado, né?”, contou. A região do Paraguai Mirim fica a cerca de 130 quilômetros da área urbana de Corumbá. Em vídeo enviado ao portal, é possível ver a escola destelhada, mangas caídas ao chão e árvores arrancadas pela raiz. O vendaval também danificou painéis solares instalados na região. Segundo o presidente do Instituto Agwa, que atua no Paraguai Mirim, a força do vento foi tão intensa que arrancou árvores inteiras. “Nas casas ao lado do Rio Paraguai, os telhados foram arrancados. [...] Agora é reconstruir. O mais importante é que não feriu ninguém. A preocupação também são com as casas dos ribeirinhos que foram destelhadas. Tudo indica que o pior foi na nossa região”, afirmou. O tenente do Corpo de Bombeiros e representante da Defesa Civil em Corumbá, Silvanei Barbosa Coelho, informou que ainda está sendo feito o levantamento dos estragos provocados pela tempestade. A chuva deve ajudar a reduzir os focos de incêndio que há semanas atingem o Pantanal sul-mato-grossense. Na última quinta-feira (16), o Governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência nos municípios afetados, conforme publicação no Diário Oficial do Estado. Brigadistas comunitários têm enfrentado uma rotina exaustiva para combater o fogo na Serra do Amolar. Diariamente, eles caminham até 15 quilômetros em terreno pedregoso e íngreme para conter as chamas que avançam sobre morros e vegetação nativa. O incêndio começou no topo da cordilheira e vinha se expandindo rapidamente. O combate envolve uma força conjunta formada por brigadistas voluntários, com apoio da ONG Ecoa, e por equipes do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) do Ibama, além da Brigada Quilombo do Vale do Ribeira, de São Paulo. Em muitos trechos, o terreno acidentado e repleto de pedras impede até o uso de veículos. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

Fonte original: abrir